Aliados de João Doria admitem que a manobra visava garantir o apoio público da cúpula do partido e isolar o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite
247 - O governador de São Paulo, João Doria, recuou da intenção de não renunciar ao cargo e deverá manter o projeto original de disputar a Presidência da República pelo PSDB. De acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, o recuo aconteceu após a direção do PSDB divulgar uma nota assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, afirmando que "o candidato do PSDB é João Doria. As prévias serão respeitadas. Não haverá contestação". O anúncio oficial deverá ser feito por Doria nesta quinta-feira (31) às 16h.
Segundo a reportagem, “nos bastidores, interlocutores e aliados de Doria admitem que o governador sinalizou uma possível desistência da disputa com o objetivo de ter um gesto público do PSDB garantindo sua candidatura ao Palácio do Planalto”.
A manobra de Doria foi uma resposta à movimentação do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que não aceitou a derrota nas prévias da legenda que asseguraram que Doria seria o candidato do partido à Presidência da República .Leite renunciou ao cargo nesta semana, o que acendeu a luz de alerta entre os aliados de Doria.
Uma ala tucana também pressionava para que o governador paulista desistisse da disputa presidencial em função do baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.
Crise com vice Rodrigo Garcia
Irritado com a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de desistir da candidatura à Presidência da República, o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), avisou o colega que também fará um recuo e não disputará o governo do estado neste ano, segundo a Folha de S. Paulo.
A jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo, afirma que aliados de Garcia já ameaçam Doria. Caso ele desista mesmo de concorrer ao Palácio do Planalto, eles promoverão o impeachment do governador "em tempo recorde".
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