quinta-feira, 3 de março de 2022

Congresso argentino fecha acordo para refinanciar dívida de US$ 45 bilhões deixada por Macri com FMI

 Alberto Fernández descartou que as reformas previdenciária e trabalhista fossem incluídas no texto final


247, com Página/12 - Na Argentina, o acordo para refinanciamento da dívida contraída pelo governo de Mauricio Macri foi fechado e o projeto entra, nesta quinta-feira, 3, no Congresso, após extensivo processo de negociações. 

“Após intensas negociações, o governo nacional conseguiu selar um acordo com o FMI”, disse o Ministério da Economia em comunicado, acrescentando que o acordo buscará refinanciar cerca de US$ 45 bilhões.

O presidente Alberto Fernández anunciou, no marco da abertura das sessões ordinárias do Congresso, que "o governo da Argentina chegou a um acordo com a equipe do Fundo Monetário Internacional". E especificou que é o "melhor acordo que poderia ser alcançado". Nesse sentido, descartou que as reformas previdenciária e trabalhista fossem incluídas no texto final e que se avançasse no ajuste da economia.

O FMI disse que os dois lados chegaram a um acordo sobre uma linha de financiamento estendida ao longo de 30 meses, incluindo um programa para conter a inflação, reduzir o financiamento monetário do déficit fiscal e entregar taxas de juros reais positivas.

Fernández mencionou que haverá um maior processo de segmentação com a eliminação dos subsídios ao decil mais rico da população e, posteriormente, um aumento das taxas em relação à evolução do coeficiente salarial. 

Nesse sentido, no Governo esclarecem que “qualquer aumento será inferior ao aumento dos salários e bem abaixo da evolução da inflação”. Essa é uma das questões políticas mais sensíveis do acordo, já que dividiu as águas entre os mais próximos do presidente e os alinhados com a vice-presidente, Cristina Fernández de Kirchner.

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