"O Senado tem o poder e a responsabilidade de impedir mudanças legislativas irreversíveis", alertou Caetano no discurso que fez ao entregar o manifesto
247 - Convocado pelo cantor e compositor Caetano Veloso, o Ato pela Terra, realizado nesta quarta-feira (9), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reuniu artistas e representantes de movimentos sociais em protesto contra o “pacote de destruição”. O PL 6.299/2002 que amplia a margem para autorização para a inserção de novos agrotóxicos no mercado, incentivando o desmatamento e garimpo em terras indígenas, informa o jornal Correio Brasiliense.
"O país vive hoje sua maior encruzilhada ambiental desde a democratização. O desmatamento na Amazônia saiu do controle. As proteções sociais e ambientais construídas nos últimos 40 anos vêm sendo solapadas. A nossa credibilidade internacional está arrasada. O prejuízo é de todos nós”, pontuou Caetano ao entregar o manifesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Além dos artistas, centenas de pessoas faziam protestos em frente à Esplanada dos Ministérios contra o pacote da destruição que incentiva agrotóxicos, desmatamento e garimpo em terras indígenas.
Pela manhã, cerca de 150 indígenas, de oito povos da Bahia, reuniram-se em frente à Esplanada, em protesto contra a liberação de mineração em terras indígenas.
Defensor das atividades extrativistas na Amazônia desde que assumiu o poder em 2019, Bolsonaro tentou acelerar projetos no Congresso para flexibilizar as regulamentações ambientais e enfrentou protestos internacionais pelo aumento do desmatamento na maior floresta tropical do mundo.
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