Coordenador-geral da FUP defendeu uma política de preços nacionalizada, que reflita em grande parte os custos internos. Assista na TV 247
247 - O Coordenador-Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou, em entrevista à TV 247, que o tarifaço da Petrobrás sobre os combustíveis se deve principalmente à integração dos preços praticados pela estatal com o mercado internacional, e não ao conflito armado na Ucrânia. A alta dramática nos preços não ocorreria caso a política de preços fosse nacionalizada e refletisse em grande parte os custos internos.
“Se há restrição da oferta de petróleo no mercado mundial, temos como tabela o aumento do preço do petróleo no mercado internacional. Mas não faz sentido o Brasil, que é autossuficiente em petróleo, atrelar o preço dos seus combustíveis a esse vetor, o barril de petróleo no mercado internacional. Alcançamos a autossuficiência ainda nos governos do PT, com o pré-sal, que foi descoberto nos governos do PT”, explicou.
“Ao invés de levar em consideração o barril de petróleo no mercado internacional, do dólar e dos custos de importação, (a política de preços deveria se basear) nos nossos custos reais internos. Segundo os próprios economistas que nos assessoram, isso gira em torno de dois terços de custos que são nacionalizados, em real. Eu sou trabalhador da Petrobrás, eu recebo em real”, prosseguiu
Portanto, o determinante principal da alta nos preços não é a guerra, que gera a escassez nos mercados globais, e sim a política de preços que se submete a esse mercado, afirmou Bacelar.
“O problema, na verdade, não é a guerra. O problema é a atual política de preços, porque se ela fosse diferente, não teríamos essa influência desse vetor que é o preço do barril de petróleo no mercado internacional”, completou.
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