segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Vacinação faz despencar a taxa de letalidade da Covid-19 no Paraná

 

O alto número de contaminações não significou aumento de mortes: efeito da vacina (Foto: Ricardo Marajó/SMCS)

Com mais de 8,54 milhões de paranaenses imunizados contra a Covid-19 — o que significa que 73,7% da população paranaense já tomou as duas doses ou a dose única da vacina —, o Paraná vem registrando ao longo dos últimos meses uma importante redução na taxa de letalidade da doença pandêmica, ao ponto de em janeiro deste ano o estado ter registrado a menor quantidade de pessoas que morreram por causa da infecção causada pelo novo coronavírus em relação à quantidade de infectados pelo agente.

Ao longo do primeiro mês de 2022, a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR) divulgou um número recorde de diagnósticos no estado, com 371.896 casos novos da doença pandêmica. Para se ter noção do que isso representa, até então o mês com mais casos de Covid-19 confirmados no estado havia sido março de 2021, com 198.303 registros – valor que foi superado em 87,5% pelos registros de janeiro último.

O elevado número de contaminações no estado, entretanto, não significou uma elevação nos óbitos como em outros tempos. Houve 352 mortes no mês passado, valor consideravelmente superior aos 89 registros de dezembro e aos 285 de novembro (refletindo o expressivo aumento de casos na localidade), mas ainda assim um dos menores números de falecimentos por Covid-19 no estado ao longo de um mês – o período com mais óbitos até aqui foi abril de 2021, com 5.654 registros.

Dessa forma, temos um cenário no qual o Paraná, em janeiro de 2022, registrou a menor taxa de letalidade por Covid-19 desde o início da pandemia, mesmo com a circulação da variante ômicron, notavelmente mais contagiosa e que resultou num recorde de casos novos da doença.

Com 371.896 diagnósticos confirmados e 352 óbitos, a taxa de letalidade no último mês ficou em 0,09%, o que significa, basicamente, que um paranaense perdeu a vida para cada 1.111 contaminações pelo coronavírus, em média. Em abril do ano passado, quando a taxa de letalidade no estado ficou em 5,58%, eram quase seis mortes para cada 100 contaminações.

Tendência de alta para fevereiro
Nem tudo são flores, no entanto. É que o alto índice de contaminações nos últimos tempos já faz com que a taxa de letalidade também apresente tendência de aumento para o mês de fevereiro. Até o último dia 11, por exemplo, já haviam sido registrados 196.030 diagnósticos de Covid-19 no Paraná, com 443 mortes confirmadas.
A taxa de letalidade, portanto, estaria em 0,23%, acima do valor registrado em janeiro, mas ainda a segunda menor taxa para o estado desde o início da pandemia.

Boletim
Paraná registra mais 5.826 casos e quatro mortes por coronavírus
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste domingo (13) mais 5.826 casos confirmados e quatro mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os números não necessariamente representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.182.262 casos confirmados e 41.522 mortos pela doença. A Sesa informa a morte de mais quatro pacientes, todos homens, com idades que variam entre 84 e 89 anos. Os óbitos ocorreram entre 18 de janeiro a 12 de fevereiro de 2022.

Curitiba convoca 53 mil para segunda dose e reforço anticovid
A Secretaria Municipal da Saúde está convocando 53.154 pessoas para receber a segunda dose e a dose de reforço anticovid nesta semana. Entre os convocados, 52.006 pessoas são para a dose de reforço e 1.148 são pessoas que deverão receber a segunda aplicação.
O atendimento para esse público será feito em 17 locais de vacinação distribuídos nas dez regionais, das 8h às 17h. Os endereços podem ser consultados no site Imuniza Já na aba “Locais de vacinação”.

Para receber a segunda dose ou o reforço, basta procurar um dos pontos de vacinação da cidade, no período de funcionamento, e levar um documento de identificação com foto e CPF.

Segunda dose — Os novos convocados para a segunda aplicação foram vacinados com a primeira dose de Pfizer entre os dias 24 e 28 de janeiro ou até o dia 24 de janeiro para a Coronavac, em períodos de repescagem.

A data da segunda dose pode ser consultada no aplicativo Saúde Já, na carteira de vacinação na aba “Próximas vacinas”. Para esse público não haverá envio de mensagem.

Dose de reforço— O novo grupo de moradores de Curitiba convocados para receber a dose de reforço anticovid antecipada na próxima semana é das pessoas vacinadas com a segunda dose entre os dias 5 e 7 de outubro.

A SMS orienta para que a população consulte o aplicativo Saúde Já. Os convocados para a antecipação receberão uma mensagem de alerta pelo aplicativo.
Quem não puder comparecer na data, tanto para a aplicação da segunda dose como para a dose de reforço pode buscar os pontos de vacinação em outro dia para receber a dose.

Taxa de letalidade e de mortalidade
Importante esclarecer ao leitor, até para evitar confusão, que a taxa de letalidade não é a mesma coisa que a taxa de mortalidade. É que a taxa de letalidade avalia o número de mortes em relação às pessoas que apresentam a doença ativa, ou seja, mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito. A taxa de mortalidade, por outro lado, analisa o impacto de uma doença em toda a população de uma região, o que equivale dizer que a mortalidade diz respeito a quantas pessoas estão morrendo por esta doença em uma determinada população.

Fonte: Bem Paraná

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