sábado, 19 de fevereiro de 2022

Se Lula fosse candidato em 2018, teríamos outra expressão do voto evangélico, diz pastor Luis Sabanay

 À TV 247, o teólogo e assessor do PT Luis Sabanay destacou que nas eleições de 2018, já não havia monopólio do voto evangélico. “Metade não votou em Bolsonaro”

(Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Teólogo, pastor e assessor da Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT, Luis Sabanay comentou, em entrevista à TV 247, sobre o voto evangélico nas eleições de 2018, lembrando que Jair Bolsonaro (PL) teve metade deles. No entanto, isso só ocorreu porque o ex-presidente Lula (PT) “foi impedido de ser candidato”, observou.

“Na campanha em que Lula foi impedido de ser candidato, em 2018, se o ex-presidente fosse candidato nós teríamos outra expressão do voto evangélico", destacou.

Todavia, o pastor presbiteriano destacou que mesmo nas eleições de 2018, nas quais cerca de metade dos evangélicos votaram em Bolsonaro, “já não havia monopólio [do voto]” para o candidato da extrema direita. “A outra metade votou no Haddad ou não votou em ninguém”, ou seja, “metade do público não votou em Bolsonaro”. Por isso ele diz que “não é verdade que o evangélico de periferia vai votar em Bolsonaro em 2022”.

Campanha do Lula vai focar nas pautas principais

Sabanay ainda destacou que a campanha do ex-presidente Lula (PT) em 2022 vai focar em falar da vida do povo, da economia, da carestia, não da questão religiosa em si. Porém, “nós, do Partido dos Trabalhadores, nunca nos furtamos a discutir qualquer tema da sociedade, qualquer um”, ressaltou.

“Nós não vamos nos abster de dialogar sobre qualquer um dos temas, mas os temas prioritários não são esses. A estratégia de campanha vai priorizar a política”, explicou.

O pastor afirmou que ele, como evangélico, vai fazer a campanha para combater o ódio da extrema direita, destacando que é um “pecado” promover o “violência contra o semelhante”, entre outros pontos. 

Na entrevista, ele fala das ações do partido para combater desinformação durante as eleições, como será o podcast voltado para o público evangélico e a criação de mais de cinco mil comitês populares, uma ação que transcende a campanha presidencial.

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