No Sua Excelência, O Fato da TV 247, pré-candidato ao governo de São Paulo também disse que segue aberta a possibilidade de união estadual com PT e PSB
Segundo ele, foi definida uma plataforma de 12 pontos, já apresentados a Lula e a PT. “Desses 12 pontos, três são prioritários”, afirmou Guilherme Boulos. Eis as três prioridades do PSOL para declarar o apoio ao ex-presidente petista já no 1º turno:
- a revogação das reformas desde o golpe de 2016, desde o teto de gastos, a reforma trabalhista;
- uma reforma tributária com a criação de imposto sobre grandes fortunas, tributação de lucros e dividendos;
- e uma agenda ambiental ousada que envolva debate sobre transição energética, modais de transporte, desmatamento zero e respeito aos povos indígenas.
“São esses pontos que vamos levar à mesa e buscar construir uma aliança programática que ajude também a levar a campanha do Lula para temas que uma parte dos aliados de centro não gostariam de ver nem no perfil da campanha, nem no debate de governo”, diz o líder do MTST, que foi candidato à Presidência em 2018 e ficou em 10º lugar no 1º, com 628 mil votos
Federação PSOL-Rede não inviabiliza coligação com PT ou Federação integrada por PT já no 1º turno em 2022
“Caso se consolide a Federação com PSOL e Rede, e eu acredito que vai se consolidar porque está em estágio bastante avançado de diálogo, a tendência é que esta Federação esteja na coligação da campanha do Lula”, afirmou Guilherme Boulos, que tem se dedicado intensamente a essa costura política. “Eu acho que essa é a lógica e o mais provável. A Rede, assim como o PSOL, assim como o PT, assim como o PCdoB, assim como o PSB, assim como todos os partidos, tem suas diferenças internas. E há setores na Rede que não desejam apoiar o Lula. Mas, aí também é uma cláusula que o próprio acordo da Federação pode e deve prever, que é o partido ter autonomia para liberar os seus militantes”, explica ele. E segue: “Uma Federação não significa uma perda de autonomia dos partidos. Ela é uma articulação política comum para uma atuação conjunta durante quatro anos. Agora, se a Rede internamente resolver liberar parte de seus militantes para que não apoiem o Lula, mesmo a Rede estando na Federação e a Federação estando na coligação com o Lula, esse é um assunto interno da Rede”.
Para Boulos, “a Federação entre PSOL e Rede é um avanço interessante no campo da esquerda e eu acho bom, inclusive, que a gente tenha mais de uma Federação no campo progressista para dar vazão à diversidade que existe no interior do nosso campo, sem pensamento único”. De acordo com ele, “ter essas Federações trabalhando juntas, no mesmo campo democrático, para derrotar o Bolsonaro, seria muito bom e nós estamos trabalhando para isso”.
Ainda há espaço para entendimento entre Haddad, França e Boulos no 1º turno em São Paulo
Pré-candidato ao governo paulista, sob críticas de parte do PT que prefere vê-lo já em cima do palanque de 1º turno apoiando o ex-prefeito paulistano e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), Boulos deixou claro no programa que há margem, ainda, para uma costura política que una ele, o petista e até Márcio França antes mesmo de um eventual 2º turno no estado. “Tenho uma relação boa com o Fernando Haddad, tenho uma relação cordial e até de diálogo com o Márcio França, e vamos seguir buscando a unidade até o último momento. Se não for possível no 1º turno, que seja um acordo para a unidade no 2º turno”, disse ele.
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