quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Petrobrás tem que praticar preços de mercado e não deve fazer políticas públicas, diz general que comanda estatal

 A política de preços abusivos é uma das principais responsáveis pela alta da inflação no Brasil

Joaquim Silva e Luna (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - Em evento virtual do banco Credit Suisse, nesta quinta-feira (3), o general que comanda a Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, saiu novamente em defesa da atual política de preços da estatal, e afirmou que a empresa não tem que estar preocupada em fazer políticas que beneficiem o povo brasileiro. 

A política de preços abusivos implantada após o golpe parlamentar de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff é uma das principais responsáveis pela alta da inflação no Brasil.

“A Petrobrás trabalha em cima da legalidade. Ela tem que praticar preços de mercados, tem que se comportar como uma empresa privada. Aí está a lei das estatais, da sociedade anônima, o próprio regimento interno da empresa”, disse Luna e Silva. 

“A Petrobras tem responsabilidade social, mas não pode fazer políticas públicas. Ela faz isso através de uma gestão eficiente e entregando resultados”, afirmou. 

O diretor financeiro da Petrobras, Rodrigo Araújo, afirmou que 60% de tudo que a companhia gera de caixa retorna para a sociedade brasileira, por meio de impostos e "distribuição de dividendos" a acionistas e União. 

“A companhia não tem nenhum interesse em reter recursos. Tudo o que a gente gera tem 3 destinos: ou investimentos ou pagamento de tributos ou é para a distribuição de dividendos”.

O argumento do general é defendido apenas entre as forças que apoiaram o golpe de 2016. Petroleiros, engenheiros e acadêmicos, no geral, denunciam a abordagem neoliberal. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário