"É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar", afirmou o ex-presidente, nos 42 anos do Partido dos Trabalhadores
BRASÍLIA (Reuters) - Ao comemorar o aniversário de 42 anos do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não anunciou o oficialmente sua candidatura, como chegou a ser cogitado, mas deixou claro que pretende ver o partido voltar a governar o Brasil.
"O pesadelo está perto de fim. É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar. E mostrar que esses sonhos podem transformar a realidade outra vez", disse. "O PT precisa governar de novo, para provar que a classe trabalhadora sabe cuidar desse país melhor do que ninguém."
Em uma fala de cerca de meia hora, Lula reforçou o tom do "Lulinha Paz e Amor" da sua eleição de 2002 e dos dois mandatos, e comemorou a resiliência do partido.
Apontado como exterminado depois da operação Lava Jato e da prisão do próprio Lula, o partido volta ao primeiro lugar nas pesquisas com o ex-presidente, com até 20 pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro.
"Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje. Mesmo com todas as tentativas de destruição do PT, e da acirrada campanha de criminalização da política, estamos vivos e mais fortes do que nunca. E continuamos a ser o partido político mais querido pelo povo brasileiro", afirmou.
Inicialmente o partido planejava uma grande festa presencial em Belo Horizonte, onde Lula poderia anunciar em definitivo sua candidatura à Presidência. No entanto, o recrudescimento da pandemia de Covid-19 fez com que o partido transformasse a festa em uma live, com poucos convidados presencialmente na sede do PT, em São Paulo.
A falta de um acordo também que permitisse a filiação a um partido de Geraldo Alckmin, que deve ser o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, foi outra razão para se adiar o anúncio, o que deve acontecer apenas no final de março.
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