sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Médica brasileira que vive em Israel diz que maioria dos pacientes graves com Covid-19 não se vacinou

 “Parece que o coronavírus traz uma nova surpresa todo momento. A cada onda, descobrimos algo novo”, afirma a médica Julie Schleifer

Paciente com Covid-19 na UTI de um hospital (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A médica brasileira Julie Schleifer, que atua na linha de frente em Israel contra a Covid-19, a atual situação do país, que vive o pior momento desde o início da pandemia pode ser explicada pela parcela da população que ainda não completou o esquema vacinal — dos 9 milhões de cidadãos israelenses, apenas 5 milhões tomaram as três doses. "Pelo que observamos na prática e nos dados oficiais, a grande maioria dos pacientes graves não estão vacinados", relatou ela à BBC Brasil.

Com o avanço da variante ômicron, o país chegou a ter mais de 100 mil novos casos e 90 mortes registradas num único dia, entre o final de janeiro e o início de fevereiro deste ano.

Nas ondas anteriores, os números mais elevados tinham sido de 11 mil novas infecções (em setembro de 2021) e 64 mortes (em janeiro de 2021) em 24 horas. Os dados são do Our World In Data, site que compila estatísticas sobre a pandemia.

"Quando surgiram as primeiras notícias da ômicron e se especulava sobre a possibilidade de termos 80 mil infectados por dia, pensávamos que era impossível atingir um número tão alto", disse a médica. "Pois passamos dos 100 mil novos casos diários no final de janeiro", completou.

Para Schleifer, os últimos dois anos comprovaram que a Covid-19 pode sempre surpreender: "Parece que o coronavírus traz uma nova surpresa todo momento. A cada onda, descobrimos algo novo, que não tínhamos visto até então".

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