Também foram registrados bombardeios na cidade de Mariupol
Putin afirmou que as forças russas não têm planos de ocupar a Ucrânia. No entanto, a Rússia se defenderá caso seja necessário. Nos últimos dias, as tropas do governo ucraniano têm avançado na região, rompendo com o Acordo de Minsk de 2015. Nesta quarta-feira, 23, as repúblicas separatistas do Donbass pediram apoio militar à Rússia.
"As circunstâncias nos obrigam a tomar medidas decisivas e imediatas. As repúblicas populares de Donbass pediram ajuda à Rússia. A este respeito, de acordo com o artigo 51, parte sete da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], com a sanção do Conselho da Federação e em cumprimento de tratados de amizade e assistência mútua com a RPD e a RPL, ratificados pela Assembleia Federal, decidi realizar uma operação militar especial", disse Putin em um discurso.
Putin ainda lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apoia grupos neonazistas na Ucrânia e está se aproximando das fronteiras da Rússia.
Bombardeios
Segundo a CNN e vídeos que circulam nas redes sociais, a capital da Ucrânia, Kiev, na madrugada desta quinta-feira, 24, foi alvo de bombardeios. O jornalista da CNN Matthew Chance, relatando ao vivo de Kiev, afirmou ter ouvido o que soou como "grandes explosões" na capital. Alguns celulares estariam sem sinal na capital ucraniana.
Explosões também foram ouvidas em Kharkiv, cerca de 400 km a leste de Kiev. Também foram registrados bombardeios na cidade de Mariupol, no leste do país.
Rússia: alvo são instalações militares
Os militares russos divulgaram um comunicado nesta quinta-feira alegando que não têm como alvo as cidades ucranianas.
"As Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia. Armas de alta precisão destroem a infraestrutura militar: aeródromos militares, aviação, instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia", diz o comunicado. "A população civil não está em risco".
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