Presidente do PT comparou as negociações com o PSB com uma valsa, em que os passos dos dançarinos ainda precisam ser ajustados, especialmente em SP, ES e RS
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), expressou otimismo quanto à composição de uma Federação Partidária que envolva o PSB, dado os avanços em estados como Pernambuco, Maranhão e Rio de Janeiro, onde os trabalhadores declararam apoio às candidaturas socialistas. Ela apontou que um aspecto central das federações é a “verticalidade” também nos estados, o que exige negociações intensas.
Contudo, entraves principalmente no Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul exigem “ajustes” nas “danças” que são as negociações, metaforizou a presidente do PT. “Isso só resolve com muito diálogo, com muita dança. Não é na primeira valsa que a gente acerta o passo. Então, tem que dançar a valsa, o xote, todos os ritmos para poder ajustar. Estamos nessa fase”, disse.
“Eu sou muito otimista. Aposto na Federação. Acredito que ela é um instrumento importante para a política brasileira, principalmente para esse campo da centro-esquerda”, prosseguiu.
No pior dos casos, ao menos uma coligação visando a eleição do ex-presidente Lula e acordos pontuais serão viabilizados, garantiu Hoffmann.
“Ainda aposto na Federação com o PSB, mas se não der haverá coligação para eleição de Lula e acordos nos Estados onde isso for possível”, disse. “É óbvio que, se não der, nós não vamos achar que é o fim do mundo. Fizemos já um exercício grande e caminhamos para uma composição, e temos o entendimento entre os dois partidos de caminharmos juntos na eleição nacional. Vamos continuar trabalhando para que a Federação possa ser uma realidade”.
“Vamos continuar fazendo um esforço muito grande para caminharmos unidos e unificados. A união desse campo político é muito importante, tanto para a eleição nacional como para os estados. Também depois, se o Lula ganhar, para ter um núcleo de governabilidade mais fortalecido, que venha para o Congresso Nacional e que esteja nos estados para dar sustentação, ou mesmo na oposição. Precisamos ter um pouco mais de musculatura desse campo na política brasileira”, completou.
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