quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Gherman alerta para o plano bolsonarista de equiparar o nazismo ao comunismo

 Michel Gherman diz que Jair Bolsonaro pode ter adotado uma posição negociada com sua base de neonazistas

Michel Gherman e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)


247 – "Não se enganem, a equiparação do nazismo com o comunismo é negacionismo histórico dos piores. A fala de Bolsonaro contra o nazismo, a primeira em um mandato recheado de referências nazistas, tem pinta de posicionamento negociado com sua base de neonazistas", escreveu em seu twitter o professor Michel Gherman, que é um dos principais estudiosos dos elementos nazistas no governo de Jair Bolsonaro.

Ontem, Jair Bolsonaro usou o caso Monark para afirmar que a "ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente", defendendo o mesmo tratamento para qualquer "ideologia totalitária", citando especificamente o comunismo, nas redes sociais.

Monark foi desligado do podcast Flow após defender que a legislação brasileira deveria permitir a existência de partido nazista no Brasil, o que motivou a abertura de uma investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

"A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade", escreveu Bolsonaro no Twitter.

Ele defendeu que “outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o Comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis". Confira o tweet de Gherman:


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