quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Delegada da PF vê crime de Bolsonaro, de deputado do PSL e de assessor do Planalto no vazamento de dados do ataque hacker ao TSE

 Alexandre de Moraes enviará a conclusão do inquérito para a PGR e aguardará uma manifestação para decidir se abre, ou não, ação penal contra os envolvidos

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Adriano Machado/Reuters | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

247 - A delegada da Polícia Federal (PF) Denisse Ribeiro enviou na tarde desta segunda-feira (31) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo a Folha de S. Paulo, a conclusão das investigações sobre o vazamento de dados da PF acerca do ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O relatório responsabiliza e imputa cometimento de crime a Jair Bolsonaro (PL) pelo vazamento, bem como ao deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e ao ajudante de ordens presidencial Mauro Cid.

Ribeiro diz que a ausência de Bolsonaro no depoimento marcado para a última sexta-feira (28) não trouxe prejuízo aos esclarecimentos dos fatos.

Com a conclusão em mãos, Moraes deve encaminhar o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR) e aguardar manifestação do órgão para então tomar uma decisão no sentido de abrir, ou não, uma ação penal contra o chefe do Executivo. 

Presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso criticou o chefe do governo federal pelo vazamento que, segundo ele, 'auxilia milícias digitais'.

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) afirmou nesta quarta-feira (2) ser "gravíssima" a conduta de Bolsonaro no caso.

Em 4 de agosto de 2021, Bolsonaro, Barros e o assessor do Planalto divulgaram em live detalhes de inquérito que apurava a divulgação de uma investigação sigilosa aberta em 2018 sobre um ataque hacker no sistema do TSE. O objetivo era descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas.

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