terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Caso Celso Daniel foi alimentado pela mídia para enfraquecer PT e Lula, diz ex-delegado

 O ex-delegado Marcos Carneiro Lima afirma que aceitou participar do documentário "O Caso Celso Daniel”, da TV Globo, para apresentar a versão correta dos fatos

(Foto: Divulgação)

247 - Em entrevista exclusiva à Revista Fórum, o ex-delegado Marcos Carneiro Lima, que esteve no centro das investigações do caso Celso Daniel, disse que o homicídio do ex-prefeito petista de Santo André não teve envolvimento do PT ou de outros políticos e que a narrativa de que Celso Daniel teria sido morto a mando de dirigentes do partido foi alimentada por boa parte da mídia para “enfraquecer um partido e uma pessoa que imaginavam que a sociedade brasileira jamais colocaria no poder”.

Lima, que trabalhou na área de Homicídios e Antissequestro da Polícia Civil, disse que aceitou participar da série documental “O Caso Celso Daniel”, disponível na Globoplay, para apresentar a versão correta dos fatos. “É um serviço público para a sociedade, a defesa implacável do direito à informação, isso é importantíssimo, dá voz ao outro lado”, ressalta.

A série foi lançada pela plataforma de streaming da Globo em 27 de janeiro, ano eleitoral e com o ex-presidente Lula à frente das pesquisas de intenções de voto. O fato foi criticado por diversos jornalistas, inclusive da própria emissora. Para Lima, o lançamento foi oportuno e dará uma chance para que todos possam fazer uma análise clínica dos fatos. 

"A minha primeira leitura é de que eles estão colocando agora a oportunidade para que as pessoas avaliem, com pontos de vista diferentes. Até agora mostrava só um lado, com o foco de mostrar que era algo contra um partido", reitera. 

A Polícia Civil de São Paulo apontou que se tratou de um sequestro seguido de assassinato cometido por uma quadrilha da favela Pantanal, na zona sul de SP. Com isso, o crime foi considerado comum, mas até hoje há quem defenda motivações políticas.

Leia a entrevista na íntegra na Revista Fórum.


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