quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Bolsonaro condena aborto, ataca Renato Freitas e sinaliza que apostará novamente na guerra cultural em 2022

 “2022 não decidirá apenas o rumo do Brasil nos próximos 4 anos, decidirá nas próximas três décadas”, escreve Bolsonaro

Jair Bolsonaro, Renato Freitas (Foto: REUTERS/Ranu Abhelakh | Reprodução)


247 - Desde esta terça-feira (22), Jair Bolsonaro tem usado a decisão do Tribunal Constitucional da Colômbia de descriminalizar o aborto em até 24 semanas para fazer discurso em tom ameaçador sobre o futuro do Brasil e dá todas as indicações de que apostará novamente na guerra cultural nas eleições desde ano.

Nesta quarta, além de criticar a questão do aborto, ele atacou o vereador do PT Renato Freitas, de Curitiba, que participou de uma manifestação que entrou numa igreja católica na capital do Paraná. Bolsonaro se referiu a Freitas como a “um vereador petista, próximo a Lula, [que] lidera invasões de igrejas”.

Bolsonaro também fez menção a Manuela D´Ávila, vice na chapa presidencial do PT em 2018, por ter celebrado a decisão na Colômbia sobre o aborto, e tratou o caso como “liberação do assassinato de bebês até o 6° mês de gestação”. “Foi isso o que o povo rejeitou nas urnas em 2018 e que ele irá julgar com o voto em 2022”, apontou.

Em outra postagem, ele usou as indicações ao Supremo Tribunal Federal para dar um tom de ameaça sobre o futuro do País. Disse que usou o critério de ser contra o aborto para indicar ministros à Corte e lembrou que o próximo presidente ainda fará mais duas indicações. 

“2022 não decidirá apenas o rumo do Brasil nos próximos 4 anos, decidirá o rumo do nosso país nas próximas três décadas. É nosso povo que vai decidir mais uma vez”, escreveu.

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