terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Bolsonaro alega 'compromissos preestabelecidos' para não ir à posse de Fachin e Moraes no TSE

 Agenda oficial, porém, não mostra nenhum compromisso no horário da posse de Edson Fachin e do ministro Alexandre de Moraes, que assume como vice

Jair Bolsonaro, Edson Fachin e Alexandre de Moraes (Foto: REUTERS/Ranu Abhelakh | STF)

Lisandra Paraguassu, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro recusou o convite para a posse do ministro Edson Fachin na presidência do Tribunal Superior Eleitoral na noite desta terça-feira alegando "compromissos preestabelecidos".

"Considerando compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda, o senhor presidente Jair Bolsonaro não poderá participar do referido evento. Assim, agradece a gentileza e envia cumprimentos", diz o ofício enviado ao TSE e assinado pela chefe de gabinete adjunta do presidente, Cláudia Teixeira dos Santos Campos.

A agenda pública do presidente para esta terça, publicada no site da Presidência da República, não mostra nenhum compromisso no horário da pose de Fachin - e do ministro Alexandre de Moraes, que assume como vice-presidente do Tribunal. São quatro compromissos marcados, o último deles uma reunião com o advogado-geral da União, Bruno Bianco, entre 15h30 e 16h.

Fachin e Moraes foram ao Planalto no dia 7 deste mês levar o convite a Bolsonaro, em um encontro que durou cerca de 10 minutos onde pouco foi falado. Depois, em uma entrevista, Bolsonaro reclamou de que dirigiu a palavra duas vezes a Moraes durante o encontro, mas o ministro não lhe respondeu.

Relator de diversos processos que envolvem o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes é alvo constante de críticas e ataques de Bolsonaro.

Outro alvo constante do presidente é o Judiciário e o sistema eleitoral do país, em especial a urna eletrônica. Depois de reduzir as críticas por algum tempo, Bolsonaro tem voltado a levantar suspeitas infundadas sobre o sistema e criticar os ministros do Supremo.

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