Além de YouTube, Twitter de Bárbara Destefani foi alvo de decisão do TSE; ativista disse à PGR ganhar até R$ 114 mil no YouTube
Por Guilherme Amado, no Metrópoles - Cinco meses antes de o Twitter dar o selo de verificado para a ativista bolsonarista Bárbara Destefani, o perfil da militante espalhava fake news, apontou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ordem da corte em agosto para desmonetizar o YouTube da bolsonarista se estendeu também ao Twitter, ao Facebook e ao Instagram de Destefani. Com o novo selo, contudo, o Twitter deu respaldo e alcance à ativista na rede.
A página mantida por Destefani no Twitter, chamada de “Te Atualizei”, espalha desinformação e lança dúvidas, sem embasamento, sobre as vacinas contra a Covid. De acordo com o Twitter, o selo de verificação “informa às pessoas que uma conta de interesse público é autêntica”. Hoje, o perfil tem 722 mil seguidores.
Em um vídeo publicado no início de agosto, poucos dias antes da decisão do TSE, Destefani atacou, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas, ao repetir informações falsas espalhadas por Jair Bolsonaro em uma live de julho. O presidente é investigado no TSE, no STF e na PGR por esse episódio.
Entretanto, um mês depois, ao depor à PF no inquérito das milícias digitais, a ativista recuou: admitiu que não tinha conhecimento para dar opiniões técnicas sobre procedimentos de segurança do TSE ou sobre urnas eletrônicas.
No mesmo depoimento à Polícia Federal, Destefani afirmou que recebia entre US$ 7 mil por US$ 20 mil (de R$ 40 mil a R$ 114 mil) do Google por seus vídeos no Youtube, onde tem 1,5 milhão de seguidores. Provavelmente, trata-se de um valor mensal.
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