O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes determinou o desbloqueio dos bens do ex-governador Beto Richa (PSDB), da ex-primeira-dama Fernanda Richa e do filho do casal André Richa em até R$ 166 milhões. O bloqueio havia sido determinado pela 23ª Vara Federal de Curitiba, em 2019, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) dentro da operação Integração, que investiga denúncias de corrupção no pedágio. A decisão foi tomada no último dia 16, mas publicada somente ontem.
Em agosto de 2021, Mendes já havia atendido o pedido da defesa de Richa e determinado que o processo saísse da Justiça Federal para ser julgado pela Justiça Eleitoral. A alegação dos advogados do ex-governador é de que o STF, que determinou que a Justiça Eleitoral tem competência para julgar crimes comuns que tenham relação com crimes eleitorais.
Na denúncia, o MPF apontou que o esquema teria desviado R$ 8,4 bilhões através do aumento de tarifas de pedágio e obras não realizadas. De acordo com a investigação, concessionárias pagavam propina ao grupo do ex-governador em troca da elevação das tarifas e cancelamento de obras. O ex-governador sempre negou as acusações. A propina paga teria chegado a R$ 35 milhões, segundo o MPF.
A investigação tomou como base a delação do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Júnior, que apontou superfaturamento de obras e pagamento de propina a políticos e servidores do Estado.
Fonte: Bem Paraná
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