sábado, 29 de janeiro de 2022

Alvarez & Marsal desafia TCU e diz que Brasil jamais saberá para quem Moro trabalhou – o que reforça a suspeita de propina

 Eduardo Seixas, sócio da empresa, diz que a consultoria não revelará os clientes supostamente atendidos por Moro, que ganhou R$ 3,7 milhões

Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)

247 – A suspeita de que o ex-juiz Sergio Moro, que foi destruiu 4,4 milhões de empregos de cidadãos brasileiros, segundo o Dieese, ao quebrar empresas brasileiras que depois repassaram R$ 42 milhões para a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, ficou milionário sem trabalhar, foi reforçada por uma entrevista dos sócios da Alvarez & Marsal no Brasil, destacada pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog. Um dos sócios da empresa, Eduardo Seixas, desafiou o Tribunal de Contas da União e disse que o órgão jamais terá acesso a quais trabalhos foram feitos por Moro nos Estados Unidos.

"Ele [ministro Bruno Dantas] não pode pedir nenhuma informação sobre um trabalho privado que o Moro executou para uma companhia nos Estados Unidos. Quer dizer: ele pode, mas não vai receber porque são informações privadas dos Estados Unidos, e [a] muitas delas nem eu tenho acesso. Então ele não vai receber", afirmou. "Sobre qualquer contratação de empresa na qual o Moro trabalhou no exterior, isso ele [Bruno Dantas] não vai, com certeza, ter nenhum acesso, porque são empresas privadas e não vai ter motivo [para] ter esse tipo de informação."

Como há a suspeita de que Moro não prestou nenhum trabalho efetivo, mas apenas recebeu propina da empresa Alvarez & Marsal por ter quebrado empresas brasileiras que pagaram R$ 42 milhões para a consultoria estadunidense, Reinaldo afirma que o ex-juiz pode ter cometido o crime perfeito. "Atentem para a fala do tal Seixas, da A&M. Sendo como ele diz, nem Bruno Dantas nem ninguém jamais saberão o que Moro fez nos EUA. Nem mesmo se terá a certeza de que trabalhou nos menos de 10 meses em que lá atuou", afirma. "Hipoteticamente ao menos, abre-se o caminho, nessa perspectiva, para o crime perfeito. Moro pinta e borda por aqui, passa a trabalhar para um grupo que é beneficiário dos desastres que ele provocou e assina um contrato com o dito cujo para supostamente atuar em empresas americanas. Logo, jamais se saberá o que fez ou o que não fez por lá porque o homem que pretende governar o Brasil se livra de prestar a informação, usando como escudo a legislação americana. Um patriota como raramente se viu", ironiza.


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