domingo, 3 de outubro de 2021

Manifestações mostram Bolsonaro cada dia mais isolado e colocam a fome e a inflação no cenário político

 Milhares de pessoas saíram às ruas para repudiar Bolsonaro e protestar contra a fome, a inflação e o preço dos alimentos, dos combustíveis e do gás de cozinha. Presença de partidos de centro e centro-esquerda ampliam isolamento de Bolsonaro

Manifestantes levam os temas da carestia e inflação às ruas (Foto: Reprodução)

247 -  Duas características das manifestações do Fora Bolsonaro deste sábado (2) têm impacto sobre o cenário nacional: as pessoas estão colocando os temas da fome, da carestia e da inflação que castigam os mais pobres e setores das camadas médias no debate político nacional; e a adesão de partidos de centro-esquerda e de centro ampliam isolamento do governo. Não houve, entretanto, a adesão de partidos e líderes de centro-direita e de direita, como João Doria, Eduardo Leite (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Marina Silva (Rede) ou Gilberto Kassab (PSD).

Segundo Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), os atos reuniram 700 mil pessoas em todo país. Falando no Boa Noite 247 deste domingo, ele avaliou que desde o primeiro ato, em 29 de maio deste ano, houve uma mudança na ênfase das bandeiras levadas às ruas pelos manifestantes. “Cada vez mais a questão econômica-social tem crescido”, observou o líder da CMP. Raimundo relatou que, nas reuniões nos bairros periféricos, quatro temas são obsessivos: “o preço do botijão de gás, o preço das tarifas, água e luz, o preço dos alimentos e o desemprego!

Para o jornalista Mario Vitor Santos, também no Boa Noite 247, a realização das manifestações “é um grande feito, diante da inércia e do temor que tomavam conta de amplos setores da esquerda em maio”. 

O jornalista observou que as manifestações deste sábado foram “as mais coloridas, alegres e criativas” e que isso reflete um desejo de volta do país à democracia e a uma situação de crescimento econômico e de oportunidades. Outro aspecto ressaltado por ele é o crescente “engajamento digital” propiciado pelas manifestações e pelo desgaste do governo Bolsonaro, com uma predominância dos segmentos progressistas nas redes, ao contrário do que acontecia até o início do ano. Assista

Paulo Pimenta: Moraes não fez acordo algum com Bolsonaro

 O ex-deputado Wadih Damous, que também participou da entrevista com Pimenta à TV 247, disse ainda ter “absoluta certeza de que o ministro Alexandre de Moraes não entrou em acordo nenhum com Bolsonaro” e afirmou que a Justiça do Rio está perto de determinar a prisão de Carlos Bolsonaro. Assista

Jair Bolsonaro, Paulo Pimenta e Alexandre de Moraes (Foto: ABr | Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que fez revelações na última semana sobre os bastidores e a real motivação do recuo de Jair Bolsonaro após os atos golpistas de 7 de setembro, disse à TV 247 que não houve nenhum acordo entre o chefe do governo federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que esteve perto de determinar a prisão do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Para o parlamentar, “o Alexandre de Moraes deve ter ficado espantado” com a ligação de Bolsonaro, mas não firmou qualquer tipo de acordo pela proteção da família Bolsonaro. “Acho que o Alexandre de Moraes disse o que para ele? ‘Olha, o senhor quer fazer um pedido de desculpas, mas não é para mim. O senhor tem que fazer um pedido de desculpas para a nação, tem que fazer um discurso para o país, para o STF. O senhor ofendeu todo mundo e agora quer me pedir desculpa no privado?’”.

O ex-deputado federal e ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que também participou da conversa, disse ter “absoluta certeza de que o ministro Alexandre de Moraes não entrou em acordo nenhum com o Bolsonaro”.

Com o povo pedindo impeachment, Estadão resolve atacar Lula e o compara com o bolsonarismo

 Enquanto o povo pede impeachment de Jair Bolsonaro, o jornal O Estado de S.Paulo afirma que o ex-presidente Lula "continua pregando a irresponsabilidade fiscal e a cizânia". Também resolveu afirmar que a proposta de regulação da mídia é "tão constrangedora quanto a hostilidade bolsonarista à imprensa"

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Tayze/Comunicação Brisa Bracchi/Reprodução/Facebook)

247 - Enquanto Jair Bolsonaro bate recordes de rejeição e é alvo de mais de 120 pedidos de impeachment, o jornal O Estado de S.Paulo publicou um editorial em que preferiu atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder em todas as pesquisas eleitorais, com chances de vencer no primeiro turno. Também afirmou que a proposta de regulação da mídia é "tão constrangedora quanto a hostilidade bolsonarista à imprensa".

Ao atacar o ex-presidente, o jornal disse que, "mesmo depois de todos os danos causados ao Brasil, Lula continua pregando a irresponsabilidade fiscal e a cizânia, como se vê pelo comportamento de seus apoiadores". "A esquerda pode ser democrática e responsável – tudo o que o lulopetismo não é", diz a publicação.

"Igualmente negacionista e repleta de interesses políticos é a recusa do PT em admitir seus erros na seara econômica, na conivência com a corrupção e com o mau uso do dinheiro público e na disseminação do ódio no País", complementa.

O jornal também resolveu criticar a proposta de regulamentação da mídia e comparou Lula e Jair Bolsonaro. "A defesa lulopetista da 'regulação da mídia', sob o argumento de que a imprensa persegue Lula, também contraria os fundamentos do Estado Democrático de Direito, sendo, portanto, tão constrangedora quanto a hostilidade bolsonarista à imprensa".

Lewandowski argumenta que Lira não deve ter o poder de decidir sozinho sobre impeachment

 O ministro do STF Ricardo Lewandowski destaca que, devidos a lacunas na legislação, "destino político do supremo mandatário da nação fica submetido à vontade de uma única autoridade, aliada ou adversária"

Ricardo Lewandowski e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Foto: Agencia Brasil)

247 - Em análise publicada no jornal Folha de S.Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski destaca que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não poderia decidir sozinho sobre dar ou não andamento aos pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro.

De acordo com o magistrado, a lei estabelece que "'recebida a denúncia', ela 'será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita (...) para opinar sobre a mesma'". O ministro diz, no entanto, que "o texto não deixou claro se essa tramitação é automática ou se depende de algum ato formal".

"Tal lacuna enseja a interpretação segundo a qual cabe ao presidente da Câmara decidir sozinho se autoriza ou não a instauração do procedimento, com o que o destino político do supremo mandatário da nação fica submetido à vontade de uma única autoridade, aliada ou adversária", complementa.

"O professor José Afonso da Silva, a propósito, ensina que não é dado à autoridade a quem é dirigida 'escusar-se de se pronunciar sobre a petição, quer para acolhê-la, quer para desacolhê-la, com a devida motivação'".

'Incidente lamentável', diz Gleisi sobre tentativa de agressão a Ciro

 A presidente nacional do PT comentou o fato de militantes com a camisa da CUT abordarem o pedetista e seus assessores. Um deles tentou jogar uma garrafa em Ciro Gomes. "Esse tipo de incidente é lamentável", disse Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

247 - A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou ser "lamentável" a tentativa de agressão ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), ocorrida nesse sábado (2), após o ex-governador do Ceará discursar no ato contra Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista. "Esse tipo de incidente é lamentável", disse a parlamentar. "Isso nunca foi orientação do PT". A entrevista foi concedida à coluna de Chico Alves, no portal Uol.

Militantes com a camisa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) abordaram o pedetista e seus assessores. Um deles tentou jogar uma garrafa em Ciro. Outros atiraram pedaços de madeira no veículo. Ciro saiu ileso, mas houve uma rápida briga entre os dois grupos. 

"Apesar das divergências, a gente está seguindo por um movimento. É óbvio que tem essas questões colaterais", afirmou Gleisi. "Mas eu acho que temos que mostrar o seguinte: tem uma unidade no comando das forças políticas, das forças sociais e do movimento sindical para que a gente tenha um foco. Nosso inimigo é Bolsonaro".

General que comanda a Petrobrás diz que não vai mudar a política de preços

 "Se preço for represado, vai haver desabastecimento de combustível", afirma Joaquim Silva e Luna

O presidente da Petrobras em audiência em Brasília, o General Joaquim Silva e Luna. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – O general Joaquim Silva e Luna, que preside a Petrobrás, disse, em entrevista ao jornalista Manoel Ventura, publicada no Globo, que não irá mudar a política de preços da Petrobrás – uma das principais causas da inflação brasileira, que já supera dois dígitos. "A quantidade de refino que a Petrobras faz e outras refinarias fazem não abastece o nosso mercado. Da ordem de 30% do diesel e um pouco mais da gasolina dependem de importação. Se esse preço for praticado artificialmente, represado, vai haver desabastecimento no mercado. Isso é uma coisa grave e séria que a gente tem que estar atento. Os valores precisam permitir que haja a importação do combustível", afirmou.

Silva e Luna, no entanto, falou na criação de um fundo para apoiar os caminhoneiros. "Há uma ideia de criar um colchão de amortecimento. Esse valor viria dos tributos pagos pela Petrobras, que permitam formar um colchão, um fundo, capaz de fazer essa suavização (dos preços). Quando tiver redução ou aumento do combustível, regula isso para não passar diretamente para a população. Isso é importante particularmente para os caminhoneiros, que fazem seus contratos e durante a execução daquele contrato tem alteração", disse ele.

Dono da Natura defende impeachment de Bolsonaro, mas critica volta de Lula

 Pedro Passos afirma que Jair Bolsonaro é "inaceitável" e que Luiz Inácio Lula da Silva é "indesejável"

Pedro Passos, presidente do Conselho de Administração da Natura. (Foto: IPT/Divulgação)

247 – O empresário Pedro Passos, dono da Natura, defendeu o impeachment de Jair Bolsonaro e a construção de uma "terceira via" em 2022, para evitar a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Talvez nunca tenhamos passado por uma situação tão difícil, que soma uma série de crises: sanitária, econômica e política. Até o fim do ano, podemos talvez estar mais livres da parte crítica da pandemia. Por outro lado, o agravamento da situação econômica é evidente, todos os cenários com projeção de PIB para baixo, inflação alta e um cenário muito crítico proporcionado pela política. A situação de empobrecimento do país é muito grave e vamos ter de conviver com alta volatilidade até o calendário eleitoral definir o que acontecerá", disse ele, em entrevista a Ivan Martinez-Vargas, no Globo.

Na sua entrevista, ele afirma que Jair Bolsonaro é "inaceitável" e que Luiz Inácio Lula da Silva é "indesejável". "Enquanto Bolsonaro estiver no poder, vai continuar polarizando, causando bastante confusão. Isso vai tornar o cenário econômico brasileiro muito ruim", afirmou. "Devemos lutar por uma alternativa que saia da polarização entre o que é inaceitável, a reeleição de Bolsonaro, e o que é indesejável, a reeleição do Lula. Por razões diferentes: um (Bolsonaro) porque não é democrata, é perigoso, não tem programa, não tem empatia com a população. O outro (Lula) porque traz uma agenda velha, de atraso, de intervenção econômica", afirma.

Passos também defendeu o impeachment. "Os elementos para um impeachment estão aí, as evidências de crimes de responsabilidade estão presentes. Do ponto de vista jurídico, não teria dúvida. Do ponto de vista político é uma avaliação difícil. Há uma base de deputados e senadores que tiram vantagem da situação e negociam com o governo para a manutenção do status quo", afirmou.


Paraná recebe novo lote de vacinas contra a Covid-19

 

Chegaram ao estado 176.670 doses da Pfizer/BioNTech. A remessa faz parte da 55ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e os imunizantes são destinados à dose reforço (DR).

© Américo Antonio/SESA

O Paraná recebeu mais 176.670 vacinas da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 neste sábado (2). Os imunizantes desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, no voo LA3443 às 13h e foram encaminhados para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para conferência. As vacinas serão distribuídas às Regionais de Saúde na segunda-feira (4).

A remessa faz parte da 55ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e são destinadas à dose reforço (DR). Do total, 146.250 são para trabalhadores da saúde que tenham tomado a segunda dose (D2) ou dose única (DU) até 31 de março e 30.420 para DR de idosos acima de 60 anos que tenham finalizado o esquema vacinal também na mesma data.

Este é o primeiro lote enviado pelo Governo Federal para este grupo em específico. Anteriormente, o reforço era indicado somente para a população acima de 70 anos e imunossuprimidos. O prazo para aplicação desta dose nestes grupos é de pelo menos seis meses após a D2 ou DU.

IMUNIZAÇÃO - O Paraná já aplicou 13.575.931 vacinas contra a Covid-19, sendo 8.155.664 D1, 323.522 DU e 5.044.338 D2. Entre D1 e DU, 97,23% da população adulta já recebeu ao menos uma dose. 61,55% deste público está completamente imunizado. Além disso, o Estado também registra a aplicação de 12.889 doses adicionais (DA) e 40.386 DR.

Fonte: AEN

Arapongas registra 52 novos casos e nenhum óbito por covid-19, neste sábado

 



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado, (02/10), o registro de 52 novos casos, 29 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. 
Neste momento, o município totaliza 22.557 casos, dos quais 567, infelizmente, vieram a óbito, 503 ainda estão com a doença e 21.487 já estão curados (95,3%). Ao todo, já foram realizados 80.264 testes.

Apucarana registra mais 32 casos de Covid-19 neste sábado

 



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou neste sábado (2) mais 32 casos de Covid-19 em Apucarana. O município segue com 485 mortes provocadas pela doença e agora soma 17.932 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os 32 novos casos foram confirmados em testes feitos pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 12 homens (entre 11 e 90 anos) e 20 mulheres (entre 5 e 80 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Apucarana tem mais 318 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 16.834.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 46.900 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.000.

Já foram testadas 60.230 pessoas, sendo 33.215 em testes rápidos, 23.378 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 13 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, dois em leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 11 em leitos de enfermaria. O município tem 613 casos ativos da doença.