"Eu
via a Vaza Jato como sendo tanto sobre a viabilidade de uma imprensa livre e
dos valores democráticos na era Bolsonaro quanto era sobre corrupção e
impropriedades dentro do Judiciário e do Ministério Público", afirmou o
jornalista Glenn Greenwald, que lançará o livro "Securing Democracy"
("Garantindo a Democracia") sobre a Vaza Jato
Glenn Greenwald (Foto: Adriano Machado - Reuters)
247 - O jornalista
Glenn Greenwald lançará o livro "Securing Democracy" ("Garantindo
a Democracia"), obra que percorrerá os Estados Unidos, o Canadá, o Reino
Unido, e logo depois na Europa. Como indica o subtítulo do livro ("Minha
luta por liberdade de imprensa e justiça no Brasil de Bolsonaro"),
Greenwald viu a Lava Jato como uma das forças que deram impulso à ascensão do
bolsonarismo e a divulgação das irregularidades da operação como uma forma de
combater tudo que Jair Bolsonaro representa.
"Eu via a
Vaza Jato como sendo tanto sobre a viabilidade de uma imprensa livre e dos
valores democráticos na era Bolsonaro quanto era sobre corrupção e
impropriedades dentro do Judiciário e do Ministério Público", afirmou. Os
relatos dele foram publicados pelo jornal Folha
de S.Paulo.
"À
medida que fui abrindo e lendo os documentos, eu fiquei cada vez mais
convencido da autenticidade desse arquivo e, consequentemente, da fonte",
disse o jornalista no livro.
De acordo com o
jornalista, "parecia impossível para qualquer pessoa fabricar ou forjar um
arquivo tão extenso, detalhado, sofisticado e complexo". "Você nunca
pode provar o contrário: que nada foi modificado, fabricado ou forjado",
afirma o jornalista no livro.
O nome
do hacker, Walter Delgatti Neto, foi mencionado uma única vez no livro. O
jornalista afirmou que só se sentiu à vontade para identificá-lo como sua fonte
depois que Delgatti deixou a prisão, em setembro do ano passado, e começou a
dar entrevistas sobre o assunto.