“A hora
da verdade está se aproximando para o ex-juiz de Curitiba. Valeu a pena
resistir e continuar lutando por justiça plena para Lula”, destacou a deputada
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, nas redes sociais
247 - A deputada federal e presidente do PT, Gleisi
Hoffmann, afirmou, nesta terça-feira, 9, que o “STF [Supremo Tribunal Federal]
avança rumo à suspeição de [Sergio] Moro”, que está sendo
julgado pela Segunda Turma do tribunal em relação aos processos contra Lula que ele julgou no âmbito da Lava Jato de
Curitiba.
Gleisi lembrou que
a suspeição de Moro recebeu “dois votos contundentes”, dos ministros Ricardo
Lewandowski e Gilmar Mendes, do STF, e destacou que “as sentenças ilegais
contra Lula já foram anuladas”. A anulação das condenações da Lava Jato ocorreu
por ordem do ministro do STF Edson Fachin na segunda-feira, 8.
“A hora da verdade está se aproximando para o ex-juiz de Curitiba. Valeu a pena resistir e continuar lutando por justiça plena para Lula”, destacou a deputada nas redes sociais.
STF encerra sessão
com 2 a 2 pela suspeição de Moro
A
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça o
julgamento do habeas corpus que pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na
condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do
Guarujá.
O
julgamento foi suspenso com um placar de 2 a 2. Isso porque os ministros Gilmar
Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela suspeição.
Antes de Gilmar
Mendes pedir vistas do processo, em 2018, o relator, Edson Fachin, e a ministra
Cármen Lúcia já haviam votado contra a suspeição de Moro.
Na
sessão desta terça, o ministro Kássio Nunes Marques pediu vistas do processo,
paralisando novamente o julgamento. A ministra Cármen Lúcia afirmou que vai
votar depois de Nunes Marques, e apresentará um "novo voto",
sinalizando mudança de entendimento.
Voto
de Gilmar Mendes
Em um longo e
contundente voto, o ministro Gilmar Mendes se posicionou pela
suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula na
Lava Jato, com a anulação de todos os atos decisórios no âmbito da ação penal,
e que seja responsável pelas custas dos processos.
O ministro leu
diversos trechos de diálogos entre procuradores da força-tarefa que envolvem
também Sergio Moro. E definiu a Lava Jato como “projeto populista de poder”,
usando expressões como “instrumentalização da justiça”, “juiz subserviente”,
“populismo jurídico” e “maior escândalo judicial da nossa história”. “Não se
combate crime cometendo crime”, ressaltou.
Voto
de Ricardo Lewandowski
O ministro
Ricardo Lewandowski acompanhou Gilmar e também votou pela suspeição de Moro.
Em sua decisão, destacou que "Lula foi submetido a uma verdadeiro
simulacro de ação penal" e citou magistrados e processualistas
italianos.
“Eu
tenho dito que toda vez que vou para o exterior, trago de volta perplexidade da
comunidade jurídica internacional sobre esse processo do ex-presidente Lula”,
reforçou o ministro.
Lewandowski
votou pela suspeição de Moro decretando a nulidade de todos os seus atos desde
o início. “Eu invalido totalmente essa ação penal”. “E adiro também à proposta
de que o ex-juiz arque com as custas processuais”, destacou, acompanhando
Gilmar também neste ponto.