A maioria dos
integrantes da bancada do Paraná na Câmara dos Deputados votou a favor da
autonomia do Banco Central. Foram 23 votos a favor e apenas quatro contra (três
deputados não votaram), de acordo com o blog de Roseli Abrão.
O projeto de lei que dá autonomia ao Banco Central, e que tramitava há
30 anos no Congresso Nacional, foi aprovado ontem por 339 votos contra 114. O
texto agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
A favor – Christiane Yared, Leandre, Pedro Lupion, Rubens Bueno, Sargento
Fahur, Sérgio Souza, Toninho Wandscheer, Boca Aberta, Aline Sleutjes, Diego
Garcia, Felipe Francischini, Fernando Giacobo, Hermes Parcianello, Luciano
Ducci, Luisa Canziani, Luizão Goulart, Paulo Martins, Reinhold Stephanes
Junior, Vermelho, Aroldo Martins, Ricardo Barros e Roman.
Contra – Enio Verri, Gleisi Hoffmann, Gustavo Fruet e Aliel Machado.
Não votaram: Felipe Barros, Luis Nishimori e Schavinato.
Próceres da
esquerda brasileira se reunião neste sábado (13) em conferência privada para
discutir 2022. O encontro já estava marcado desde o fim do ano passado.
Flávio
Dino (PCdoB), Fernando Haddad (PT) e Roberto Requião (MDB) debatem um programa
comum para derrotar o presidente Jair Bolsonaro no
ano que vem.
Dentro das
propostas que eles irão discutir está o referendo revogatório das estultices de
Bolsonaro e Paulo Guedes, a exemplo da autonomia do Banco Central,
reformas trabalhista e previdenciária, privatizações, dentre outras.
A
ideia do trio –Dino,
Haddad e Requião— consiste em definir um programa comum e o candidato único da
frente de esquerda somente seria escolhido no ano que vem.
A
mesa da conferência será mediada pelo ex-ministro Tarso Genro.
Prefeitura de Arapongas,
através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quinta, (11/02), o
registro de 22 novos casos e 81 curados e 02 óbitos por COVID-19 no município.
Agora o município chega a 9.793 casos dos quais 9.220 já estão curados (94,1%),
394 ainda estão com a doença e 179 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já
foram realizados 40.948 testes. Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que: 178º óbito, ocorrido em 10/02: paciente do sexo
masculino, 68 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 23/01 com
resultado positivo em 23/01, internado em leito de UTI em 08/02, vindo a óbito
em 10/02. 179º óbito, ocorrido em 11/02: paciente do sexo
masculino, 78 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 26/01 com
resultado positivo em 26/01 internado em leito de UTI em 31/01, vindo a óbito
em 11/02. A Prefeitura de Arapongas por meio da Secretaria
Municipal de Saúde se solidariza com os familiares. Entre os resultados dos testes públicos e privados
realizados no município, foram divulgados 39 resultados negativos nesta data. Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria,
são provenientes de exames realizados a partir do dia 04/02. Entre os 22 casos confirmados, 12 são do sexo
feminino com as respectivas idades: 26, 27, 30, 30, 36, 36, 39, 44, 50, 52, 62
e 66 anos. Do sexo masculino, foram diagnosticados 10
pacientes com as respectivas idades: 21, 24, 25, 25, 32, 39, 60, 63, 68 e 80 anos. Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19,
o município possui 12 pacientes internados em leitos de UTI e 05 pacientes
internados em leitos de enfermaria. Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a
ocupação informada pelo hospital hoje é de 56% dos 50 leitos de UTI e de 42,5%
dos 40 leitos de enfermaria. Referente aos leitos hospitalares em Arapongas,
houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência
pela SESA-PR a partir de 08/02/2021. O Hospital conta atualmente com 50 leitos
de UTI e 40 leitos de enfermaria. A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a
importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo
os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em
festas e confraternizações familiares.
O
subprocurador-geral da República Antônio Bigonha pediu que o STJ rejeite um
recurso de Jair Bolsonaro numa condenação por danos morais após declarações
homofóbicas no CQC em 2011
Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Nóbrega - PR)
247 - O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ) que rejeite um recurso de Jair Bolsonaro
numa condenação por danos morais após declarações homofóbicas. O pedido foi
feito pelo subprocurador-geral da República Antônio Bigonha, na quarta-feira,
10.
É a Terceira Turma
do STJ, sob a relatoria do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que vai julgar o
caso.
Em
2017, Bolsonaro, então deputado federal, foi condenado pela Justiça do Rio de
Janeiro a pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos por danos
morais, após declarações homofóbicas feitas ao programa CQC, da TV
Bandeirantes, em 2011.
Perguntado o que
faria caso descobrisse que um de seus filhos é gay, ele respondeu: "Isso
nem passa pela minha cabeça porque tiveram uma boa educação, eu fui um pai
presente, então não corro esse risco”.
"Eu
não tenho qualquer informação que um filho meu tenha um comportamento
homossexual com quem quer que seja, até porque tudo o que esses bichas tem para
oferecer, as mulheres têm e é melhor", declarou também.
A ação foi movida pelas entidades Grupo Diversidade Niterói,
Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo
Arco-Íris de Conscientização.
Audiência em Londrina: participantes criticaram proposta do governo federal e defenderam leilão por menor tarifa (Foto: Dálie Felberg/Alep)
Audiência pública
realizada pela Frente Parlamentar do Pedágio da Assembleia Legislativa, hoje,
em Londrina (região Norte), confirmou a rejeição praticamente unânime de
lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil ao modelo de concessão
proposto pelo Ministério da Infraestrutura, de menor preço com desconto
limitado, seguido de cobrança de taxa de outorga como critério de desempate
para as rodovias do Paraná. Deputados, representantes de entidades do setor
produtivo e demais participantes defenderam a licitação por menor tarifa. O
encontro contou também com a presença de representantes de sindicatos e
federações do setor produtivo, além de mais de 20 deputados estaduais que
compõe a Frente, três deputados federais e o senador Flávio Arns (Pode). As
primeiras audiências, em Cascavel e Foz do Iguaçu, no último final de semana,
já havia mostrado posição contrária à proposta do governo federal.
Morreu nesta manhã
de quinta-feira, 11 de fevereiro, o advogado René Ariel Dotti. Ele tinha 86
anos e era um dos profissionais da área criminalista mais respeitados do
Brasil. Dotti foi vítima de uma parada cardiorespiratoria em sua casa. A morte
foi confirmada por meio de nota, emitida pelo escritório Dotti e Advogados.
Nascido
em Curitiba no Dia da República, a 15 de novembro de 1934, Dotti formou-se em
Direito pela Universidade Federal dao Paraná (UFPR) em 1958, década em que
começou a atuar na advocacia.
Destacou-se na
luta contra a ditadura militar, defendendo jornalistas, sindicalistas,
professores, estudantes e tantos quantos foram perseguidos pelo regime. Por
quase seis décadas, Dotti contribuiu com o ensino jurídico, com diversos livros
e pareceres.
Dotti
deixa a esposa Rosarita, as filhas Rogéria e Cláudia, e os netos Gabriel,
Pedro, Lucas e Henrique, além de uma legião de admiradores na área do Direito e
em todas as esferas da sociedade.
Dotti
participou casos polêmicos, como a defesa da Petrobras nos julgamentos
envolvendo a Operação Lava Jato. Defendeu o ex-deputado Carli Filho no polêmico
caso envolvendo o acidente que vitimou Gilmar Yared e Carlos Murilo de Souza,
em 2009. Na época da ditadura militar, defendeu senadores e ex-deputados.
Dotti
integrou o corpo docente de várias universitárias, bem como diversos conselhos
e comissões, inclusive nos governos municipal, estadual e federal, além da
Ordem dos Advogados do Brasil.
Autor
de pelo menos 10 livros e centenas de artigos, era referência para os alunos de
direito de todo o país.
"Sem
dúvida, podemos ter extrapolado muitas vezes. Eram (ou são) os nossos ‘nudes’,
uma área em que os pensamentos são externados livremente e sem censura entre
amigos", disse o procurador Orlando Martello (à direita) sobre as
mensagens que mostram o conluio de procuradores com Sérgio Moro
Os procuradores Deltan Dallagnol (esq.), Eduardo Pellela e Orlando Martello (dir.) na Suíça (Foto: Reprodução/TV Globo)
Conjur - O procurador regional Orlando Martello,
ex-integrante da autointitulada "força-tarefa da lava jato", enviou
um e-mail aos seus colegas de Ministério Público Federal desabafando sobre a
divulgação dos diálogos hackeados apreendidos na operação "spoofing". A informação é de Aguirre Talento, do jornal O
Globo.
No texto, ele diz
que o Telegram, local em que ocorreram as conversas, era uma "área livre,
uma área de descarrego em que expressamos emoção, indignação, protesto,
brincadeiras… muitas vezes infantis" e que, por isso, os procuradores
podem "ter extrapolado muitas vezes". Essa é a primeira vez que um
integrante da "lava jato" comenta o teor das mensagens admitindo a
autenticidade dos diálogos.
"Sinceramente,
não me recordo da grande maioria das mensagens… e digo isso com sinceridade
mesmo! Foram tantas mensagens, muitas em finais de semana, em dias festivos, de
madrugada [...] Mas não estou aqui para negar as mensagens, mas para dar
satisfação", afirma o e-mail.
Segundo o
procurador, os grupos de Telegram se assemelhavam a um "ambiente de
botequim". "Eram (ou são) os nossos 'nudes', uma área em que os
pensamentos são externados livremente e sem censura, entre amigos, alguns de
mais de décadas. Expostos a terceiros, causa vergonha."
"Quanto
a eventuais comentários que alguém possa se sentir ofendido ou entender
inapropriado, favor relevar, pois dito em ambiente que se assemelha ao de um
botequim, onde se fala em um monte de bobeiras", prossegue.
O
procurador disse, por fim, que ainda que as mensagens possam sugerir uma
atuação "inapropriada" por parte do MPF, a "lava jato"
sempre se pautou pela lealdade processual e tomou decisões baseadas na
razão.
"O que sempre
prevaleceu, e isso deve-se ao esforço coletivo, foi a razão e não a emoção. Do
ponto de vista jurídico, tudo o que era relevante foi para os processos, sem
qualquer omissão, fraude, seguindo a lealdade processual”. E lá (nos autos),
penso, que nossas atuações devem ser analisadas e contestadas; jamais nos pensamentos,
o que são externados livremente e sem censura entre amigos em uma rede informal
de comunicação."
Diálogos
Martello
é figura carimbada nos diálogos revelados pelo The Intercept e, mais
recentemente, levados pela defesa do ex-presidente Lula aos autos da Reclamação
43.007, que tramita no Supremo Tribunal Federal.
Em uma das
mensagens ele sugere, por exemplo, que áudios de Lula sejam vazados para a
imprensa se a escalada contra a "lava jato" continuasse a ganhar
força.
"Se
a escalada continuar, a solução é soltar os áudios, cf sugerido por CF
[provavelmente Carlos Fernando dos Santos Lima]. Aí jogamos problema no colo
deles, com algumas maldades (pq lula usa cel de terceiros!; proximidade de lula
e JW [Jaques Wagner, então ministro da Casa Civil], bem como JW responsável
pela nomeação do novo ministro; convocação de deputados; movimentos sociais,
etc."
Martello
incentivou que autoridades norte-americanos fizessem entrevistas com delatores
diretamente nos Estados Unidos, driblando as restrições brasileiras que colocam
o Ministério da Justiça como autoridade central de colaboração entre os dois
países.
Ele
também integra o grupo de oito procuradores que tentou barrar o acesso de Lula
às mensagens apreendidas na "spoofing". No pedido, ao contrário do
e-mail enviado aos colegas, os integrantes do MPF negaram a autenticidade dos
diálogos ao mesmo tempo em que afirmaram que estão tendo suas vidas
expostas.
A
solicitação dos procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, foi negada pelo
Supremo.
"A
partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o
Executivo e com o Parlamento", disse Jair Bolsonaro após evento em
Alcântara
(Foto: Divulgação)
247 - Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11) que
o auxílio emergencial poderá retornar em março e durar entre três e quatro
meses.
“Está quase certo,
não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Pode não ser, né. A
partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o
Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade
fiscal”, declarou Bolsonaro após evento em Alcântara, no Maranhão.
Em meio
ao aumento dos casos e à circulação da nova variante brasileira do coronavírus,
Bolsonaro defendeu que o comércio volte a funcionar em sua normalidade. “Tem
que acabar com essa histórica de ‘fecha tudo’. Devemos cuidar dos mais idosos e
quem tem comorbidade. O resto tem que trabalhar. Caso contrário, se nos
endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito, daí a inflação vem, a dívida
já está em R$ 5 trilhões, aí vem o caos, e ninguém quer isso aí”, afirmou.
Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de
cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes de mais R$
300 bilhões em pagamentos. Os beneficiados receberam ao menos 5 parcelas de no
mínimo R$ 600. Em setembro, o governo decidiu prorrogar o auxílio até dezembro
no valor de R$ 300, mas redefiniu as regras e só 56% dos aprovados fora do
Bolsa Família tiveram direito a receber mais 4 parcelas extras.
Ex-presidente
Lula anunciou, aos 75 anos, que segue disposto a percorrer o Brasil, quando
tomar a vacina contra a Covid-19. Retomada do papel do Estado no crescimento,
bem como a volta de direitos sociais e investimentos serão algumas das
principais bandeiras defendidas por ele nas ruas
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou no Twitter que vai percorrer o País depois de tomar a vacina contra a
Covid-19.
"Quando eu tomar a vacina, vocês podem ter certeza que
vamos nos reencontrar por esse país!", escreveu o ex-presidente nesta
quinta-feira (11) em sua conta no Twitter.
A postagem do
ex-presidente vem num contexto em que o governo Jair Bolsonaro ainda encontra
dificuldades para coordenar as medidas de prevenção à Covid-19.
O
petista está com a sua narrativa cada vez mais comprovada de que foi alvo de um
julgamento parcial na Lava Jato. Após várias reportagens do Intercept, desde
junho de 2019, continuarem demonstrando as condutas ilegais da operação, o
Supremo Tribunal Federal liberou, neste ano de 2021, o acesso a mensagens de
Sérgio Moro pela defesa do ex-presidente. Um das mensagens, Moro deixou clara a
sua parcialidade ao perguntar se os procuradores não teriam uma "denúncia
sólida o suficiente".
A Autarquia
Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais 32 casos de Covid-19 nesta quinta-feira
(11) em Apucarana. O município segue com 138 mortes provocadas pela doença e
soma agora 5.746 resultados positivos para o novo coronavírus.
Os
novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São
18 homens (16, 17, 18, 24, 25, 25, 28, 32, 35, 36, 38, 41, 41, 47, 53, 58, 60 e
72 anos) e 14 mulheres (5, 17, 21, 22, 24, 28, 30, 34, 41, 47, 49, 50, 54 e 59
anos). Todos estão em isolamento domiciliar.
Ainda
segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 149 suspeitas em investigação. O
número de recuperados chega a 5.419.
O
Pronto Atendimento do Coronavírus soma 22.227 pessoas atendidas presencialmente
desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 573.
Já
foram testadas 25.363 pessoas, sendo 12.465 em testes rápidos, 10.614 pelo
Lacen (RT-PCR) e 2.284 por laboratórios particulares (RT-PCR).
São 17
pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10
em leitos de enfermaria.
O
ex-presidente do Equador, Rafael Correa, que acaba de conquistar importante
vitória política com a passagem em primeiro lugar do seu candidato à
presidência, Andrés Arauz, diz que a sociedade se deu conta do fracasso do
neoliberalismo
Ex-presidente do Equador Rafael Correa (Foto: FRANCOIS LENOIR/REUTERS)
247 - O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, que
continua exercendo grande influência política no país, é um dos vitoriosos nas
eleições presidenciais realizadas no último domingo. Ele é o líder de fato da
coalizão de forças que conquistou o primeiro lugar no primeiro turno e criou as
condições para a vitória do seu candidato, Andrés Araus. O segundo turno será
disputado em 11 de abril.
Em entrevista à Folha
de S.Paulo, o ex-mandatário diz que há um ressurgimento da esquerda na região
devido à "desilusão com o neoliberalismo". A entrevista foi concedida
por videoconferência do México, onde o ex-presidente está dando uma série de
palestras.
Questionado
se está decepcionado porque a eleição não foi decidida já no primeiro turno
como era sua expectativa, Correa disse que sabia que isso podia acontecer.
"Por culpa do atual governo, há muita descrença dos equatorianos com
relação à política. Isso fez com que muitos indecisos preferissem votar em
candidatos que parecem ser uma novidade, como Yaku Pérez [Pachakutik] e Xavier
Hervas [Esquerda Democrática]. Isso nos tirou um pouco de votos, e teremos de
disputar um segundo turno".
Correa nega que
esteja decepcionado e considera o desempenho do seu candidato Andrés Arauz
excelente. "Conseguir mais de 30% dos votos com um candidato que era até
então desconhecido, mostra que a população nos está dando um voto de confiança
e demonstrando que quer nossas políticas de volta".
O
ex-mandatário critica severamente Yaku Pérez [Pachakutik] e Xavier Hervas
[Esquerda Democrática]. "Esses dois não são de esquerda. A nossa é a única
candidatura de esquerda desta eleição. Hervas é da esquerda democrática, mas
isso fica só no nome do partido. Eles estão aliados a Moreno e querem uma
reforma trabalhista que flexibilize os contratos e deixe os trabalhadores mais
vulneráveis". Correa é mais rigoroso ainda na avaliação sobre o candidato
que se apresenta como ecossocialista. "Yaku Pérez é de direita, está
financiado pelos EUA. Essa candidatura foi criada para ser um plano B, caso
Lasso não tivesse força para vencer. Não é uma candidatura de esquerda, está
usando essa imagem e se vendendo como algo moderno, vanguardista, com a
preocupação com o ambiente, mas isso é fachada. Pérez é tão de direita como
Lasso".
Correa fala sobre
a situação política na América Latina e comenta sobre o Brasil, onde a
democracia foi roubada por aqueles que colocaram Lula na cadeia e deram um
golpe para tirar Dilma Rousseff do poder". O ex-presidente equatoriano diz
que o Brasil é "uma democracia entre aspas". Ele opina que "se
Lula não tivesse sido preso, ele seria o presidente do país".
"Creio
que há um ressurgimento da esquerda, sim, mas porque a sociedade se deu conta
do fracasso dos governos neoliberais", enfatiza Rafael Correa.
A mãe do
deputado federal Aécio Neves, Inês Maria Neves Faria é beneficiária no exterior
da empresa Domomedia Investment Holding, baseada em Luxemburgo, paraíso fiscal
europeu. Até agora a empresa, com ativos de mais de R$ 4 milhões, era
desconhecida das autoridades
Aécio Neves e sua irmã Andrea Neves (Foto: REUTERS | ABr)
247 - A mãe do deputado federal Aécio Neves
(PSDB-MG) e de Andrea Neves, Inês Maria Neves Faria, que completará 82 anos no
próximo dia 27 de fevereiro, é beneficiária no exterior da empresa Domomedia
Investment Holding, baseada em Luxemburgo, paraíso fiscal europeu. Os ativos da
empresa, que era até agora desconhecida nas investigações do Ministério Pùblico
sobre a família. são superiores a R$ 4 milhões.
De acordo com reportagem da
revista Piauí, ao contrário das outras duas offshores, sediadas em
Liechtenstein e no Panamá, a Domomedia nunca apareceu nas apurações do
Ministério Público Federal sobre o ex-governador de Minas Gerais, que vem sendo
investigado por corrupção em um inquérito e responde a uma ação penal, também
por corrupção.
A
capilaridade política do tucano começou a cair de maneira significativa em
2014, quando perdeu para Dilma Rousseff tanto no primeiro quanto no segundo
turno no próprio reduto eleitoral do congressista - Minas Gerais, onde governou
por oito anos. Em 2016, o tucano se desgastou ainda mais, após a imprensa
publicar as gravações feitas pelo empresário Joesley Batista. Conforme o áudio,
Aécio pediu propina de R$ 2 milhões ao sócio da JBS.
O dinheiro foi
entregue a um primo do presidente do PSDB. De acordo com a Polícia Federal, que
filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do então senador Zeze
Perrella (MDB-MG).
O
tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em
primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da
família", disse ele, em nota.
Ao longo dos
últimos anos foi citado em delações premiadas no âmbito da Lava Jato e foi
perdendo cada vez mais espaço dentro do PSDB. Atualmente, o parlamentar
enfrenta resistência de alguns tucanos para que siga no partido. O governador
de São Paulo, João Doria, já pediu o afastamento dele sob o argumento de que
Aécio teria atuado em favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato de Jair
Bolsonaro, na eleição para a presidência da Câmara. O deputado negou as
acusações.
A mãe
do tucano é um dos 64 mil beneficiários de 140 mil empresas instaladas em
Luxemburgo. Entre os beneficiários, há pelo menos 358 brasileiros ou residentes
no Brasil com ativos que totalizam 112,6 bilhões de euros – ou R$ 722,6
bilhões, em valores corrigidos até fevereiro de 2020.
Para
conseguir atingir a meta estipulada pelo próprio Governo do Estado, de vacinar
pelo menos 4 milhões de pessoas contra a Covid-19 até o final de maio, o Paraná
terá de acelerar – e muito – o ritmo da imunização da população paranaense.
Segundo levantamento feito pelo Bem Paraná, considerando o ritmo atual da
vacinação o estado precisaria de aproximadamente um ano para aplicar ao menos a
primeira dose do imunizante em toda a população de risco do estado, ao passo
que para a imunização completa de todos os paranaenses o período ultrapassaria
quatro anos.
Para fazer o cálculo, o Bem Paraná se baseou no número total de
paranaenses a serem vacinados — 8.736.014 pessoas segundo o IBGE, já que os
menores de 18 anos não serão imunizados agora — e também na própria meta da
Secretaria da Saúde (Sesa), que prevê vacinar o total de 4.080.110 pessoas até
o quinto mês do ano. Além disso, foi feito o levantamento sobre o número de
doses aplicadas no estado, dia a dia, de forma a se verificar quantas pessoas
estão sedo imunizadas diariamente (em média), considerando-se ainda que os
imunizantes utilizados no Brasil devem ser aplicados em duas doses.
No
Paraná, a vacinação contra a Covid-19 teve início em 20 de janeiro. Naquele
dia, pouco depois das 15 horas, todos os municípios já haviam retirado as suas
cargas de imunizantes, a maioria iniciando a vacinação no mesmo dia, embora
algumas cidades já tivessem feito vacinações simbólicas nos dias anteriores: em
Curitiba, por exemplo, a enfermeira Lucimar Josiane de Oliveira, do Hospital do
Trabalhador, foi a primeira paranaense a ser vacinada contra a Covid-19, na
noite do dia 18. No dia seguinte, Londrina e Maringá, no norte do Paraná, e
Umuruama, no noroeste do estado, também deram início à vacinação com eventos
simbólicos.
Desde então, 215. 798 doses do imunizante foram aplicadas no
estado, considerando-se o intervalo entre os dias 20 de janeiro e 9 de
fevereiro. Descontando os domingos, então, foram 18 dias com a vacinação
acontecendo no Paraná, o que dá uma média de 11.989 doses aplicadas da vacina
contra o novo coronavírus por dia.
Dessa forma, para alcançar a meta de 4.080.110 pessoas
imunizadas, o Paraná, no ritmo atual, precisaria de pelo menos 340 dias de
trabalho das equipes de vacinação, considerando apenas a aplicação da primeira
dose do imunizante (o que já poderia garantir uma imunização mínima aos
paranaenses).
Já
para a imunização completa da população acima de 18 anos, seria necessária a
aplicação de 17,47 milhões de doses no estado, o que levaria aproximadamente
1.457 dias de trabalho ininterruptos. Ou seja, seriam pelo menos quatro anos
vacinando a população, mas como há folgas e feriados, o período chegaria a algo
entre quatro anos e meio a cinco anos – e isso sem considerar o fato de que
ainda não se sabe qual o “prazo de validade” da imunização, ou seja, quanto
tempo a vacina consegue garantir a imunidade do indivíduo.
Principal problema é a falta
de estoque de imunizantes
O cálculo feito pelo Bem Paraná chegou a um resultado muito
próximo do levantado pelo microbiologista da Universidade de São Paulo (USP),
Luiz Gustavo de Almeida, que levantou quanto tempo o Brasil levaria pra vacinar
toda a população, no ritmo atual. A similaridade entre os resultados,
inclusive, pode ser uma evidência de que a maior causa na lentidão do processo
não seja exatamente a falta de estrutura ou pessoal, mas sim a escassez de
vacinas.
“Já em plena pandemia do Covid, conseguimos vacinar 54 milhões
de pessoas contra a gripe [no país] em cem dias, sem grandes esforços. No caso
da Covid, deveríamos conseguir no mínimo o mesmo número, idealmente mais, se
abríssemos postos de vacinação em estádios e escolas”, disse Almeida em
entrevista ao Estadão, explicando ainda que, diante da falta de imunizantes
contra o coronavírus, a saída tem sido estabelecer prioridades, limitando
também a quantidade de pessoas que poderiam ser vacinadas por dia.
“Um
dos grandes gargalos é a questão das prioridades. Se tivesse vacina para todo
mundo, era muito mais simples vacinar um milhão por dia. Se tivesse muita
vacina, ninguém ia furar a fila, como aconteceu em Manaus”, explicou ainda o
epidemiologista Fernando Barros, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
“Se não houver um clamor popular, uma grande pressão para a compra de vacinas,
vão continuar morrendo mais de mil pessoas por dia.”
Nos últimos dias, ritmo
desacelerou
No Paraná e em Curitiba, o ritmo da imunização teve uma
importante desaceleração. Como já citado, até o dia 9 de fevereiro o estado
havia aplicado, em média, 11.989 doses diárias do imunizante. Entre segunda e
terça-feira, porém, foram aplicadas apenas 2.863 doses no estado, enquanto
entre a segunda e a quarta-feira (ontem, 9 de fevereiro) foram 9.246 doses. Ao
todo, já foram vacinadas 225.044 pessoas no Paraná até ontem, ao passo que o
estado recebeu um total de 538.900 doses do governo federal até o momento.
Já em Curitiba, os dados divulgados pela Secretaria Municipal da
Saúde (SMS) mostram que desde o dia 20 de janeiro estão sendo aplicadas, em
média, 2.561 doses da vacina na cidade. Entre os dias 6 e 9 de fevereiro (cinco
dias, portanto) o total de doses aplicadas foi de apenas 3.187.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha,
é possível até mesmo que a campanha brasileira de vacinação tenha de ser interrompida
em breve. “Na situação em que estamos, provavelmente vamos ficar um tempo sem
vacinar ninguém, uns vinte dias, se não recebermos outras vacinas, até a
Fiocruz e o Butantan começarem a produzir em larga escala”, afirmou.
Vacinômetro
Evolução da vacinação no Paraná, conforme o número de doses aplicadas
10
de fevereiro: 225.044
9 de
fevereiro: 215.798
8 de
fevereiro: 212.935
5 de
fevereiro: 198.310
4 de
fevereiro: 184.204
3 de
fevereiro: 163.106
2 de
fevereiro: 158.780
1º
de fevereiro: 150.434
29
de janeiro: 136.226
28
de janeiro: 113.829
27
de janeiro: 99.973
22
de janeiro: 57.200
Evolução da vacinação em Curitiba, conforme o número de doses aplicadas
9 de
fevereiro: 46.100
8 de
fevereiro: 45.736
6 de
fevereiro: 44.235
5 de
fevereiro: 42.913
4 de
fevereiro: 39.197
3 de
fevereiro: 35.385
2 de
fevereiro: 29.452
1º
de fevereiro: 26.235
31
de janeiro: 23.692
30
de janeiro: 23.078
29
de janeiro: 20.478
28
de janeiro: 14.841
27
de janeiro: 10.537
26
de janeiro: 7.059
25
de janeiro: 4.563
22
de janeiro: 3.046
21
de janeiro: 2.042
20
de janeiro: 807
Fonte: Boletins divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA) e
pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS)
O bloco
lavajatista do STF, que conta com nomes como Luiz Fux, Edson Fachin, Dias
Toffoli e Luís Roberto Barroso, articula uma reação para impedir a anulação de
processos sob comando de Sérgio Moro
(Foto: ABr)
247 - O bloco lavajatista do Supremo Tribunal
Federal (STF), integrado por Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli e Luís
Roberto Barroso, articula uma reação para impedir a anulação de processos sob
comando de Sérgio Moro. O grupo quer impedir que a suspeição de Moro no
processo contra Lula sirva para fazer justiça a outros condenados pela
operação.
Segundo a
jornalista Bela Megale, em sua coluna no
jornal O Globo, o grupo passou a debater e articular uma estratégia de reação
lavajatista.
A
jornalista ainda acrescenta que os ministros avaliam que é “impossível” que
Moro seja declarado suspeito só no caso de Lula e que muitos processos terão
grandes chances de serem anulados. Mesmo reconhecendo a ilegalidade de toda a
ação de Moro, o STF pode bloquear que as pessoas condenadas no âmbito da Lava
Jato obtenham compensação pelas condenações injusta.