domingo, 7 de fevereiro de 2021

Covid-19: secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, está sem falta de ar e sem febre


(Foto: Dalie Gelberg/Alep)

Boletim deste domingo (7) emitido pelo Complexo Hospitalar do Trabalhador revela que o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Breto, permanece em bom estado geral, sem falta de ar, sem febre e caminhando no quarto. Ele foi internado na noite de quinta (4) com Covid-19.

De acordo com o boletim, os dados vitais estão estáveis e os exames laboratoriais de rotina estão normais até o momento, Ele permanecerá internado para observação clínica. O boletim é assinado pelo médico Bruno A. Gabardo.

Fonte: Bem Paraná

Com a chegada do quarto lote, Paraná começa a vacinar idosos contra Covid-19

 

Parte do quantitativo atenderá a imunização das pessoas acima de 90 anos, em todas as regiões do Paraná. (Foto: Valquir Aureliano)


O governo do Estado concluiu neste domingo (07) a distribuição de mais 71.990 doses da vacina CoronaVac/Instituto Butantan contra a Covid-19. Os imunizantes são parte do quarto lote, com um total de 147.200 doses, encaminhado ao Paraná neste fim de semana pelo Ministério da Saúde.

Seguindo as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), parte do quantitativo atenderá a imunização das pessoas acima de 90 anos, em todas as regiões do Paraná. Serão 55.430 doses destinadas a idosos desta faixa etária e 16.560 para seguir o processo de proteção aos profissionais da saúde.

“Conseguimos avançar para a imunização de um novo grupo prioritário. Idosos que estão muito suscetíveis à doença, respondendo por boa parte das internações e óbitos no Paraná", destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Infectado pelo vírus, o secretário está internado desde quinta-feira (04) em uma das unidades do Complexo do Trabalhador, comandando a operação a distância. “Na sequência poderemos aplicar em idosos com mais de 80 anos, depois com mais de 70 anos e assim em diante", disse Beto Preto.

O material já está com as 22 regionais que formam o sistema público de saúde do Paraná e ficará à disposição da população a partir desta segunda-feira (08), nas 1.850 salas de vacinação dos 399 municípios paranaenses.

Diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Nestor Werner Junior explicou que como o medicamento necessita de duas aplicações em um intervalo estimado pela bula entre 14 a 28 dias, a outra parte das vacinas, com 75.210 doses, seguirá acondicionada no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), garantido a imunização por completo de quem receber.

“Precisamos da segunda dose para que as pessoas tenham a completitude da imunidade. Assim, logo ali na frente, poderemos enxergar a redução dos casos graves, internamentos e dos óbitos”, afirmou ele. “Mas não é o momento de relaxar. Precisamos seguir com todas as orientações sanitárias de higienização e distanciamento”, acrescentou.

LOGÍSTICA – O lote foi repassado às secretarias municipais de saúde em menos de 24 horas, reforçando a agilidade logística da Secretaria de Estado da Saúde – as doses chagaram ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 8 horas deste domingo.

Em números absolutos, a 2ª Regional de Saúde, responsável pela Capital e cidades da região metropolitana, foi quem recebeu mais doses: 20.260. Dessas, 12.260 são apenas para Curitiba.

Essa é a quarta remessa de vacinas que o Paraná recebeu do Ministério da Saúde, totalizando 538.900 doses. Foram três grupos do imunizante produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, somando 452.400 doses, e 86.500 aplicações do material elaborado pela Universidade de Oxford em conjunto com o Laboratório AstraZeneca/Fiocruz.

A expectativa da Sesa é que com a chegadas dos imunizantes da China para a produção das vacinas no País, tanto pelo Butantan quanto pela Fiocruz, o ritmo de imunização no Paraná ganhe maior celeridade nos próximos dias.

IDOSOS – A população paranaense com mais de 90 anos é estimada pelo Governo Federal em 50.889 pessoas. Segundo avaliação do próprio Ministério da Saúde, foi observado sobrerrisco para morte por Covid-19 relacionado à faixas etárias mais avançadas, chegando a 8,5 para hospitalização e 18,3 para óbito entre os idosos com 90 anos ou mais.

Ainda com esse quarto lote de imunizantes o Estado pretende equalizar a vacinação dos trabalhadores da Saúde, ressaltando a prioridade para aqueles profissionais que estão na linha de frente do combate ao vírus.

A Sesa reforça a orientação para que os gestores municipais agilizem o processo de aplicação das doses dentro dos grupos estabelecidos, utilizando as 1.850 salas de vacinas distribuídas em todas as cidades paranaenses, e para que não deixem vacinas estocadas.

VACINAÇÃO – De acordo com o último boletim de vacinação, divulgado pela Secretaria da Saúde no sábado (06), o Paraná imunizou 198.310 pessoas contra a Covid-19. O número mostra que 83% do total de 238.871 das primeiras doses enviadas aos municípios foram aplicadas.

O balanço é preliminar e foi divulgado pela Secretaria estadual da Saúde a partir de um levantamento interno realizado com as regionais e os respectivos municípios. Por isso, pode haver diferenças entre alguns números de um dia para o outro considerando que os municípios aplicam as doses, registram e fazem ajustes dos registros.

A expectativa é que nos próximos dias o sistema integrado do Ministério da Saúde, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), funcione corretamente para divulgação de dados.

REGIONAIS – Veja a quantidade de doses que cada regional de saúde vai receber na distribuição deste quarto lote de imunizantes contra a Covid-19:

1ª RS – Paranaguá – 1.430 doses

2ª RS – Metropolitana – 20.260 doses

3ª RS – Ponta Grossa – 3.610 doses

4ª RS – Irati – 920 doses

5ª RS – Guarapuava – 2.300 doses

6ª RS – União da Vitória – 980 doses

7ª RS – Pato Branco – 1.610 doses

8ª RS – Francisco Beltrão – 2.170 doses

9ª RS – Foz do Iguaçu – 2.360 doses

10ª RS – Cascavel – 3.750 doses

11ª RS – Campo Mourão – 2.460 doses

12ª RS – Umuarama – 2.320 doses

13ª RS – Cianorte – 1.110 doses

14ª RS – Paranavaí – 2.140 doses

15ª RS – Maringá – 5.660 doses

16ª RS – Apucarana – 2.570 doses

17ª RS – Londrina – 7.590 doses

18ª RS – Cornélio Procópio – 1.820 doses

19ª RS – Jacarezinho – 1.900 doses

20ª RS – Toledo – 2.760 doses

21ª RS – Telêmaco Borba – 890 doses

22ª RS – Ivaiporã – 1.380 doses.

Fonte: AEN

 

Arapongas registra 53 novos casos de coronavírus e 75 curados neste domingo

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo, (07/02), o registro de 53 novos casos e 75 curados por COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.606 casos dos quais 8.957 já estão curados (93,2%), 475 ainda estão com a doença e 174 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 40.111 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 80 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 03/02.
Entre os 53 casos confirmados, 23 são do sexo feminino com as respectivas idades: 14, 14, 20, 24, 24, 28, 30, 34, 36, 37, 39, 41, 42, 44, 45, 48, 48, 55, 55, 56, 56, 61 e 69 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 30 pacientes com as respectivas idades: 08, 13, 15, 15, 16, 18, 20, 21, 25, 27, 27, 27, 28, 29, 30, 31, 31, 32, 33, 36, 36, 38, 39, 40, 41, 43, 56, 57, 65 e 87 anos.
Os dados hospitalares dos pacientes de Arapongas são referentes aos do dia 05/02 uma vez que o hospital de referência não atualizou estes dados.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 08 pacientes internados em leitos de UTI e 13 pacientes internados em leitos de enfermaria
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 80% dos 40 leitos de UTI e de 57,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Dilma: "Os diálogos provam que a Lava Jato atentou contra a soberania e contribuiu para o golpe de 2016"

 

"Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder", afirmou Dilma Rousseff

Sérgio Moro, ex-presidente Lula e Dilma Rousseff (Foto: Abr | Stuckert)


247 - Em uma sequência de tuítes, a ex-presidenta Dilma Rousseff comentou os novos diálogos entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, que evidenciaram o conluiu para condenar Lula. 

"Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder", afirmou Dilma.

Para ela, as gravações divulgadas das conversas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol "são suficientes para sepultar de vez a suposta imparcialidade da operação Lava Jato".

"O STF pode e deve declarar a suspeição de Moro e, assim, anular os processos contra Lula. Também pode e deve punir as ofensas cometidas por Moro e seus procuradores ao direito de defesa, ao devido processo legal, ao estado democrático de direito e ao próprio Judiciário", defendeu.




Dino ironiza: o problema dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro é a falta da palavra “pedaladas”

 

“Acho que o problema dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro é a falta da palavra pedaladas”, ironizou o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao comentar a falta de iniciativa para a abertura do processo contra Jair Bolsonaro

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, ironizou neste domingo (7) a falta de iniciativa política para a imediata abertura do processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.




Gleisi defende a anulação de todas as sentenças expedidas por Moro contra Lula

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, ressaltou que todas as sentenças proferidas contra o ex-presidente Lula, no âmbito da operação Lava Jato, devem ser anuladas, incluindo a do sítio de Atibaia

Ex-presidente Lula, Gleisi Hoffmann e Sérgio Moro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - Stuckert - Divulgação)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais neste domingo (7) defendendo que todas as sentenças proferidas contra o ex-presidente Lula, no âmbito da operação Lava Jato, devem ser anuladas, incluindo a sentença do sítio de Atibaia. 

"Suspeição de Moro contamina todos processos em q ele atuou contra Lula, inclusive Atibaia, assinado pela juíza do copia-e-cola. É o q diz a lei. Querer anular só o caso triplex e manter Lula s/ direitos é chicana grossa. Igualará STF a Moro, lançando + descrédito s/ o Judiciário", disse Gleisi. 

Os ministros da 2ª Turma do STF devem analisar somente o caso da sentença expedida por Moro envolvendo o tríplex do Guarujá. Assim, a condenação de Lula no processo arbitrário do sítio de Atibaia persistirá. 

Calheiros irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato

 

O senador Renan Calheiros anunciou neste domingo (7) que irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato. “Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões”, disse

(Foto: renan/psdb.org, dilma/flick 247)

247 - O senador Renan Calheiros anunciou neste domingo (7) que irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato.

“Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões. Vou apresentar um projeto para anistiar os hackers que desvendaram a patifaria. A contribuição para democracia justifica tirá-los da cadeia e inclui-los no Panteão da Pátria”, disse. 


Em entrevista à TV 247, ele explicou seu papel no Congresso, onde ele atua como uma das principais vozes contra os abusos de Bolsonaro. Agora, o senador promete também se mobilizar contra o ex-juiz Sergio Moro e seu bando nefasto.

Apucarana confirma mais dez casos de Covid-19 neste domingo



Mais dez casos de Covid-19 foram confirmados neste domingo (7) em Apucarana pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O município soma agora 5.652 resultados positivos para o novo coronavírus e segue com 137 mortes provocadas pela doença.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São três homens (36, 37 e 49 anos) e sete mulheres (21, 29, 50, 55, 57, 68 e 79 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 120 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 5.273.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 21.911 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 619.

Já foram testadas 24.891 pessoas, sendo 12.219 em testes rápidos, 10.418 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.254 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 17 pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10 em leitos de enfermaria.

O município tem 242 casos ativos da doença.

 

General Santos Cruz sinaliza apoio a Mourão e diz que não vê problema se Bolsonaro sair

 

"A linha sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para frente. Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai parar por causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", disse ele

Santos Cruz e Bolsonaro (Foto: ABr)


247 – O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos maiores críticos de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas, concedeu uma entrevista neste domingo ao jornalista Ricardo Balthazar, na Folha de S. Paulo, e sinalizou certo apoio ao vice Hamilton Mourão. "O afastamento do presidente seria desejável? Nunca é desejável. Até pode ser, se você tiver uma pessoa desequilibrada no cargo. Aí tem que impedir que prossiga, por uma questão de saúde mental", disse ele.

"A linha sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para frente. Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai parar por causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", afirmou ainda.

Santos Cruz também criticou a compra de deputados do centrão feita pelo governo federal. "Na época em que buscava cativar os eleitores, ele falava barbaridades do centrão. Tratava o grupo como uma aglomeração de pessoas que não tinham compromisso nenhum e só se preocupavam em preservar a própria impunidade. Agora, ele faz uma virada como essa aí. Há uma incoerência, e fica difícil estabelecer uma relação de confiança quando você faz esse tipo de coisa", afirma. "Na realidade, o que houve foi uma compra. Vão gastar bilhões de reais com as emendas dos parlamentares. Então não me parece uma coisa consistente, porque a influência do dinheiro é muito pesada. Uma negociação política desse tipo, para gerar confiança, precisa se sustentar em outros princípios, para produzir algo mais sólido."

 

Estadão confirma crimes de Bolsonaro, mas não fala em impeachment

 

Jornal sinaliza que Jair Bolsonaro será um criminoso sem castigo

(Foto: ABR | Alex Pazuello/Semcom)


247 – Em editorial publicado neste domingo, o jornal Estado de S. Paulo confirma os crimes de Jair Bolsonaro, mas não propõe o impeachment. "Há um crescente movimento para obrigar Bolsonaro e seu ministro da Saúde, o intendente Pazuello, a responder por seus atos, mais cedo ou mais tarde – mais cedo será melhor para o País, já que mais de mil brasileiros morrem por dia de covid-19. Parte desses óbitos poderia ser evitada se houvesse uma firme liderança do Ministério da Saúde na coordenação dos esforços contra a pandemia – o que dificilmente ocorrerá enquanto Pazuello estiver no Ministério, e Bolsonaro, na Presidência", aponta o texto.

"A má conduta de Bolsonaro é amplamente documentada. Não é exagero considerar que várias de suas ações podem constituir crimes de responsabilidade. O descalabro da saúde em meio à pandemia deveria bastar para que o presidente fosse pelo menos chamado a se explicar. Se isso vai acontecer ou não, vai depender das condições políticas", escreve ainda o editorialista, que diz que Bolsonaro é irremediável.

José Genoino: 'PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia'

"Nós achávamos que a democracia era para valer e que a classe dominante não iria romper com as regras do jogo. Ela rasgou a fantasia e fez o que fez com o PT e com o Lula", afirmou o ex-presidente do PT José Genoino

(Foto: Divulgação)

Opera Mundi - O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal por São Paulo José Genoino disse nesta quarta-feira (03/02), em entrevista a Breno Altman, durante o programa 20 Minutos, que o PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia durante os anos de governos petistas no país.

Segundo Genoino, o PT acreditou que a democracia "era para valer" e que seria respeitada pela classe dominante brasileira. No entanto, a burguesia do país "não tem escrúpulos" para salvar o sistema capitalista.

"Nós achávamos que a democracia era para valer e que a classe dominante não iria romper com as regras do jogo. Ela rasgou a fantasia e fez o que fez com o PT e com o Lula. Até mesmo quando aceitavam o Lula e o PT e quando dialogavam conosco diziam que 'esses caras não são do nosso time, do nosso campo', eles têm um lado. Portanto, essas ilusões existiram", afirmou. 

O ex-presidente do partido declarou ainda que o PT acreditou que a correlação de forças estava acima de outras questões do governo. Genoino aponta que a "luta de classes está acima dessa correlação". "O Estado brasileiro foi domesticando nossa presença dentro dele", disse.

Golpe de 2016

Para Genoino, o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, foi anunciado ainda em 2014, quando houve uma "tentativa de rompimento com as regras do jogo". "Nós tivemos uma radicalização que marcou nossa presença no governo. Essa ilusão chegou ao ponto da gente dizer que não teria golpe", declarou. 

De acordo com o ex-deputado, é necessário, agora, novas estratégias para combater as alas conservadoras e de direita do país, sendo preciso "questionar a ordem capitalista neoliberal". 

"Não devemos ter medo de chamar as coisas pelo nome delas. Devemos investir em uma reelaboração à luz das experiências do partido e investir com as esquerdas", afirmou. 

'Fora Bolsonaro'

Ainda na conversa, Altman e Genoino falaram sobre uma possível saída do presidente Jair Bolsonaro do cargo. O ex-deputado disse acreditar em uma frente de esquerda democrática que seja "anti reformas neoliberais". 

"Nós temos que impedir a estabilização desse modelo que vai nos levar à catástrofe. O 'Fora Bolsonaro' é uma bandeira central. Nesse sentido, o desafio é o ano de 2021, que será estratégico", declarou Genoíno afirmando que é necessária ainda a defesa dos direitos políticos de Lula. 

fonte: Brasil 247

  

Para Fux, impeachment de Bolsonaro seria "desastroso"

 

O presidente do STF defendeu que Bolsonaro permaneça como presidente. Para ele, retirá-lo ameaçaria a consolidação da democracia no país. Não ciente de que a maioria dos brasileiros já apoia o impeachment, ele ainda disse que "o Brasil tem de ouvir o povo"

(Foto: Reprodução)


247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, defendeu a permanência de Bolsonaro no poder, dizendo que um impeachment seria "desastroso" para o país. 

Ao Estadão, o ministro também disse que o povo brasileiro não deseja a abertura do processo, não ciente de que pesquisas apontam que a maioria é a favor da medida.

"O impeachment é um processo político que o Supremo não pode nem se intrometer no mérito. Mas, em uma pós-pandemia, em que o País precisa se reerguer economicamente, atrair investidores e consolidar a nossa democracia, eu acho que seria um desastre para o País. O Brasil não aguenta três impeachments. O Brasil tem de ouvir o povo e o povo é ouvido através de seus representantes que estão no Parlamento. Acho que o impeachment seria desastroso", disse.

A relação de Fux com Bolsonaro é difícil de se caracterizar, já que ela é tanto apaziguadora como condenatória. 

Por exemplo, na abertura do ano judiciário, ao lado de Bolsonaro, Fux exaltou a ciência, comemorou a chegada da vacina e criticou o "negacionismo" do presidente. 

A fala foi noticiada também no Antagonista.

“Eu saio da lista sucessória no minuto seguinte à anulação do processo contra Lula”, diz Flávio Dino

 

O governador do Maranhão afirmou à TV 247 que não pretende se candidatar à presidência da República caso Lula seja habilitado a fazer o mesmo. Dino afirma que Lula é uma força unificadora, “capaz de repactuar o país”. Assista

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - Em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino, analisou o quadro para as eleições presidenciais de 2022, considerando uma possível restauração dos direitos políticos totais do ex-presidente Lula. Caso este cenário se concretize, Dino revelou: “Eu saio da lista sucessória no minuto seguinte, porque eu tenho bom senso, eu jamais seria um fator de divisão e de fragmentação no nosso campo numa hora tão difícil para o Brasil”.

“Pelo contrário, defendo a ampla unidade, principalmente se o ex-presidente Lula puder ser candidato. Caso isso ocorra, ele terá meu apoio, meu voto e minha militância”, acrescentou.

O governador afirmou que Lula é uma força unificadora :“Acho que ele tem condição de repactuar o país. O país está dilacerado, fraturado, destruído, amesquinhado, aviltado, um verdadeiro vexame”, conclui Dino. 

Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:

Brasil fez pedido ousado para que China substituísse embaixador em Brasília

 

O episódio ocorreu em abril do ano passado, após o embaixador chinês Yang Wanming ter respondido às agressões de Eduardo Bolsonaro no Twitter

Yang Wanming, embaixador da China no Brasil (Foto: Romulo Serpa/Agência CNJ/Divulgação)


247 - O Brasil fez um pedido à China em abril do ano passado para que o embaixador em Brasília, Yang Wanming, fosse removido, em ato de extrema ousadia que se deu após agressões do senador Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter.

Na ocasião, a embaixada chinesa em Brasília repudiou, de forma humilhante, as calúnias do vereador sobre a China ser culpada pela pandemia da Covid-19: "São absurdas e preconceituosas as suas palavras, além de ser irresponsáveis. Não vale a pena refutá-las. Aconselhamos que busque informações científicas e confiáveis nas fontes sérias como a OMS, úteis para ampliar a sua visão", diz a nota.

O pedido para a remoção do embaixador chinês Yang Wanming foi feito pelo embaixador brasileiro em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, informa a coluna de Guilherme Amado, na Época.

Logicamente, a China ignorou o pedido.

Último remanescente da cúpula da Lava Jato na PF sai do Brasil

 

O delegado Igor Romário de Paula e Sergio Moro atuaram conjuntos na condução da Operação Lava Jato, tendo se conhecido em Curitiba. Ele deve ir para o Canadá, onde a PF busca estabelecer um posto de audiência

Igor Romário de Paula (Foto: Leonardo Lucena)


247 - Praticamente o último remanescente da cúpula da Lava Jato na Polícia Federal (PF), o delegado Igor Romário de Paula, vai deixar seu cargo de diretor.

O delegado estabeleceu um vínculo forte com Sergio Moro em Curitiba durante a Operação Lava Jato, e passaram a atuar juntos. 

Em 2019, Igor foi escolhido pelo diretor-geral Maurício Valeixo, nomeado por Sergio Moro, na época ministro da Justiça.

Além de Igor, deixaram seus cargos os delegados Márcio Anselmo e Érika Marena, e o chefe da PF no Paraná, Rosalvo Franco. O último foi quem coordenou as buscas na casa do ex-presidente Lula. 

O diretor irá ao Canadá, onde a PF busca estabelecer um posto de audiência.

 

Mensageiro das elites, FHC nega o impeachment e pede que os brasileiros sofram com Bolsonaro

 

Satisfeito com o desmonte do estado brasileiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz, em seu artigo mensal que "do poder ninguém escapa, seja exercendo-o, seja sofrendo-o"

(Foto: Reuters | PR)

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tramou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Lula, e que atua como mensageiro das elites em seu artigo mensal, diz, em seu texto de fevereiro, que os brasileiros devem se contentar em sofrer com o degradante Bolsonaro. No artigo, ele não menciona a palavra impeachment, sinalizando que está satisfeito com o desmonte do estado brasileiro. Confira abaixo:

As difíceis escolhas

Além da pandemia, temos de vivenciar o jogo degradante de sempre de quem manda

Fernando Henrique Cardoso – Dias difíceis estes pelos quais passamos. Além da pandemia, o jogo do poder. Eu não me posso queixar: fique em casa, dizem os que mais sabem sobre os contágios. Isso é possível... para quem tem casa, como eu. E os que não a têm, ou a têm precária, e são muitos, na casa dos milhões? E os que estão no poder e, diferentemente de minha situação atual, precisam meter-se no dia a dia da política?

O bichinho persistente, o novo coronavírus, mata indiscriminadamente, é verdade, jovens ou velhos, ricos e poderosos tanto quanto pobres e sem alavancas de poder nas mãos. Mesmo assim, na minha faixa de idade, quando os 90 anos se aproximam celeremente, é triste viver dentro de casa, por mais confortável que seja, e ver a cidade murchando. E é tristeza para todos.

Mas não desanimemos. Se algo o tempo ensina, é como diz o velho ditado: não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.

Às vezes, raramente, sinto certo desânimo. Olho em volta e vejo: meu Deus, outra vez! É o Congresso em seu ritmo habitual: dá cá, toma lá. Certa vez perguntei a Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos: mas é sempre assim? Tratava-se da prática de pegar no telefone e falar com cada um dos deputados que o apoiavam, para pedir: é preciso votar a favor, ou contra, tal ou qual projeto.

Era o habitual. Mas vale a pena. Sem democracia é pior: a barganha, quando existe, não é vista nem comentada. Mas existe. Melhor que se a faça às claras.

Digo isso não para referendar o que está acontecendo (nem sei de fato), e sim para dizer que é melhor suportar tanto horror perante os céus do que amargar a falta de liberdade. Mas é preciso lutar. Por mais que se “entenda o jogo”, é necessário repudiá-lo do fundo da alma. Se for indispensável jogar, que se limite a barganha ao máximo. Fácil dizer, difícil fazer. 

Ainda assim, com o peso dos anos e a experiência de haver passado pelos altos e baixos do poder, não deixa de ser triste ver isso a que estamos assistindo: o poder, nu e cru, com suas mazelas expostas. Ainda que se dê o desconto e se imagine que “a mídia” exagera (pobre dela, paga o preço), a cada episódio de mudança de comando no Congresso vê-se pouco uma luta de ideais, e se vê, a perder de vista, um jogo de interesses. Eu sei que a tessitura da política não é feita só com valores e que os interesses contam; mas a cada vez que tudo isso aparece dá vontade de fechar-se na vida pessoal e ponto.

Só que ninguém é de ferro e no dia seguinte, novamente, volta o “interesse público”. Sejamos francos: mesmo entre os que barganham, nem por isso o interesse público desaparece ou deixa de contar. A realidade cobra o seu preço, os fatos falam mais alto, as urgências se impõem. O que parece ser diferente em nossas plagas, comparando com outras (que talvez tenhamos a sorte de conhecer menos), é que nas democracias, imagina-se, existem mais valores do que interesses. Será? Espero, mas não sou ingênuo (gostaria de o ser). Acho melhor olhar para o que, apesar dos procedimentos criticados, se pode fazer em liberdade, em contraposição ao que é feito em regimes autoritários, por mais “fazedores” que sejam.

Espero, apesar de tudo, que os novos dirigentes do poder parlamentar não se esqueçam de que, além de colaborar com o que lhes pareça positivo no governo federal, continuem fazendo o que dizem ser necessário: as reformas (dependendo sempre de quais e para quê) e, sobretudo, projetos para a volta dos empregos, com uma nova onda de crescimento da economia. E, por favor, sem esquecer que a tão falada redistribuição de renda não ocorre sem que haja (perdoem-me a má palavra) vontade política.

E isso – a tal vontade política – é necessário em qualquer forma de poder. A diferença entre elas é que, quando são democráticas, o cidadão comum fica sabendo o que acontece, pois a mídia anuncia e denuncia. Eventualmente, ele pode reagir nas eleições futuras. Enquanto, sem liberdade, os donos do poder mandam mais “à vontade”, ou seja, fazem das suas e ninguém toma conhecimento.

Não convém, portanto, apenas se recolher. Ao contrário, já que pelo menos temos liberdade, não compactuemos com erros e exerçamos, dentro da lei, o poder de escolha. Se errarmos, pagaremos o preço. Pior, quem escolhe é a maioria, que nem sempre acerta. Se é que acertar quer dizer estar de acordo com o ponto de vista de quem hoje reclama. Mais do que nunca, precisamos de lideranças. Na política não adianta o sentimento sem ter quem o expresse. Líder é quem simboliza um sentimento.

Não escrevo para me consolar, nem para consolar os leitores. Creio que é assim mesmo: a democracia é sempre imperfeita, embora melhor que as outras maneiras de governar. Verdade simples e fácil de ser enunciada. Mas difícil, reconheço, de ser vivida. Pior ainda, como agora, quando, além da pandemia, temos de vivenciar o jogo degradante de sempre, sejam quais forem, tenham sido ou vierem a ser “los que mandan”.

Livremo-nos ao menos do vírus (se possível), já que do poder ninguém escapa, seja exercendo-o, seja sofrendo-o.