sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

PoderData: 75% querem vacina; apenas 16% rejeitam imunização

 

A pesquisa mostra também que, entre bolsonaristas, 65% pretendem tomar a vacina contra a Covid-19, mesmo com o presidente Bolsonaro tendo em diversas ocasiões duvidado de sua eficácia

(Foto: REUTERS/Charles Platiau)

247 - Uma pesquisa realizada pelo PoderData divulgada ontem (7) mostra que 75% dos brasileiros querem se imunizar contra a Covid-19. Os que rejeitam a vacina somam 16%. 

Outros 9% não sabem ou não responderam.

A pesquisa mostra ainda que, entre os que rejeitam o presidente, 85% querem se imunizar, contra 12% que não pretendem.

Entre os que avaliam o governo Bolsonaro positivamente, 65% tomariam alguma vacina. 24% rejeitam essa opção.

Assim, até mesmo apoiadores parecem rejeitar o discurso irracional do presidente, que em diversas ocasiões buscou desmoralizar a vacina contra a Covid-19. 

Mês passado, ele afirmou que não vai tomá-la. Ainda em dezembro, ele buscou fazer com que um "termo de responsabilidade" fosse assinado por recipientes das doses e disse que aqueles que se imunizam podem virar "jacarés".

 

Aras assina portaria que determina compartilhamento de dados sigilosos da Lava Jato

 

A força-tarefa da Lava Jato tem 1.000 terabytes de informações sobre pessoas e empresas, acordos de delação premiada e de leniência. Em 2020, Aras afirmou que operação era uma "caixa de segredos"

Augusto Aras e Deltan Dallagnol (Foto: Adriano Machado/Reuters | José Cruz/Agência Brasil)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, assinou nesta sexta-feira (8), segundo a Folha de S. Paulo, portaria que determina o amplo compartilhamento interno de dados coletados em investigações conduzidas pelo Ministério Público, incluindo registros sigilosos da Operação Lava Jato.

A portaria foi assinada em conjunto com a corregedora-geral do MPF, Elizeta Ramos, e regulamenta como será realizado o processo de recebimento, o armazenamento e o compartilhamento das informações.

A força-tarefa da Lava Jato de Curitiba tem 1.000 terabytes de material coletado durante a operação, incluindo registros sobre pessoas e empresas, acordos de delação premiada e de leniência. Os dados estão sob posse da Sppea (Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise), órgão da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em 2020, Aras chegou a afirmar que a Lava Jato de Curitiba tinha uma "caixa de segredos".

Com a nova determinação, procuradores à frente de investigações podem solicitar à Sppea arquivos para corroborar seu trabalho. Cabe a secretaria reunir documentos e enviar relatório ao procurador que fez a solicitação.

 

Apucarana alcança marca de 100 mortes por Covid-19 e confirma mais 64 casos nesta sexta-feira


Apucarana atingiu a marca de 100 óbitos provocados pela Covid-19. A centésima morte é de um homem de 65 anos. Sem comorbidades, ele foi internado em 30 de dezembro no Hospital da Providência (HPA) e morreu nesta sexta-feira (08). O município registrou ainda mais 64 casos de Covid-19, ampliando o número de resultados positivos do novo coronavírus para 4.530.

Segundo boletim da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) divulgado na tarde desta sexta-feira (08), Apucarana tem ainda 335 suspeitas em investigação. Já o número de recuperados subiu para 3.540.

Dos 64 casos, 35 são de homens (12, 16, 21, 22, 22, 24, 25, 27, 27, 28, 28, 30, 30, 32, 33, 34, 34, 37, 39, 41, 43, 43, 43, 45, 46, 46, 50, 51, 52, 52, 55, 59, 58, 80 e 82 anos) e 29 de mulheres (8, 18, 19, 22, 22, 24, 25, 25, 30, 31, 34, 37, 37, 37, 38, 43, 43, 46, 46, 49, 53, 55, 63, 63, 65, 66, 73, 77 e 89 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 19.052 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.566.

Já foram testadas 21.403 pessoas, sendo 10.674 em testes rápidos, 8.760 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.969 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 22 pacientes de Apucarana internados, 8 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 14 em leitos de enfermaria.

O município tem 890 casos ativos da doença.

  


Prefeitura anuncia criação da Casa do Mel

 

Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino vai levar empreendimentos solidários para espaço de preparo e comercialização do produto


O prefeito Junior da Femac anunciou, nesta quinta-feira (7/1), a criação da Casa do Mel, que vai ser um espaço de preparo e comercialização do mel de abelhas de produção local, por meio do Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da secretaria da Mulher e Assuntos da Família.

O imóvel em que a Casa do Mel funcionará, na avenida Aviação, 1525, precisa passar por adequações para o pleno funcionamento, o que está sendo planejado e em breve passará para a fase de realização das reformas necessárias, assim como será dado início à certificação fitossanitária para comercializar o mel. “Essa é mais uma iniciativa da Prefeitura para a geração de trabalho e renda por meio do nosso premiado Programa de Economia Solidária que, como sabemos, é exemplo regional e estadual”, destacou o prefeito.

Para a secretária da Mulher Denise Canesin, “o novo espaço também vai atender novos empreendimentos solidários, que vão gerar trabalho e renda para mais famílias apucaranenses, o que é o objetivo central do Programa”, explicou.

Horta solidária

Uma outra iniciativa do Programa de Economia Solidária, igualmente para geração de trabalho e renda às famílias de Apucarana, é a horta solidária. Com 2.422m2, a horta é cultivada no terreno do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC, esquina das ruas Byngton e Péricles, Vila Nova), onde funciona o Espaço Empreender.

Já estão sendo  comercializados quiabo, couve, tipos diferentes de alface, beterraba, cebolinha e almeirão, produção excedente da horta, destinada, prioritariamente, à alimentação das 17 famílias envolvidas. Estão plantados mandioca, chuchu, quiabo, couve, repolho, beterraba, cebolinhas, manjericão, salsinha, rúcula, almeirão, e cinco tipos de alface, sem uso de aditivos e pesticidas, de modo inteiramente orgânico e natural.

No novo espaço de comercialização que funcionará na Casa do Mel, os produtos da horta solidária também serão vendidos semanalmente, nas feiras que vão acontecer no espaço.

A horta solidária é um projeto piloto que está sendo implantado em outros dois locais da cidade: nos núcleos habitacionais Dom Romeu Alberti e Sanches dos Santos. Todos os envolvidos foram capacitados na perspectiva da economia solidária – que já capacitou cerca de mil mulheres, gerando trabalho e renda.

 

 

Junior da Femac vistoria as obras no Centro de Iniciação Esportiva

 

A construção da praça esportiva conta com recursos da Prefeitura e do Governo Federal, e vem sendo executada desde o último mês de novembro pela empresa Franco Construção, de Cruzália-SP. O investimento é de R$ 4.766.365,15 

(Foto/Divulgação)

O prefeito Junior da Femac vistoriou nesta sexta-feira pela manhã (08-01) as obras do Centro de Iniciação Esportiva (CIE), em edificação junto ao Parque Municipal do Japira, na região dos jardins América e Trabalhista, em Apucarana. Ele esteve acompanhado do professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes, e do diretor de obras Sérgio Silva.

A construção da praça esportiva conta com recursos da Prefeitura e do Governo Federal, e vem sendo executada desde o último mês de novembro pela empresa Franco Construção, de Cruzália-SP. O investimento é de R$ 4.766.365,15.

O prefeito Junior da Femac destaca que é muito importante o complexo que vem sendo construído naquela região da cidade. “O Centro de Iniciação Esportiva é uma obra feita com recursos federais e tem uma contra partida da Prefeitura. São 14 modalidades olímpicas e paralímpicas e nós estamos vendo aqui que graça a Deus a obra está sendo executada”, diz Junior da Femac.

A obra já teve duas interrupções, isso porque duas empresas que começaram a construção do complexo esportivo acabaram falindo. No entanto, a obra foi reiniciada no final do ano passado pela empresa Franco Construção. “Entre três a quatro meses teremos a obra pronta, sendo uma conquista muito grande. Apucarana se tornou nos últimos anos na nossa gestão a casa do esporte do Paraná”, frisa Junior da Femac.

Caso venha a vacina, Junior da Femac falou que no mês de junho o município sediará os Jogos Universitários do Paraná. “O nosso projeto é já usar o Centro de Iniciação Esportiva aqui do Jardim América. É uma obra que vai marcar essa região da cidade de forma decisiva. Depois de muitos anos Apucarana voltou a inaugurar praças esportivas. Já inauguramos o Áureo Caixote no ano passado e daqui a alguns meses vamos colocar em funcionamento se Deus abençoar o Centro de Iniciação Esportiva de Apucarana”, finaliza o prefeito.

O professor Grillo disse que o município está ganhando mais uma praça esportiva de muita qualidade. “Muito em breve o local deve ser entregue para a comunidade daquela região. O complexo terá uma quadra poliesportiva de 40×20 metros e uma mini-pista de atletismo, com uma reta de 110 metros, com setores de salto em distância, salto triplo, lançamentos e arremessos. A quadra funcionará com atividades nas modalidades de basquete, futsal, vôlei, handebol e golbol.

O Centro de Iniciação Esportiva ainda terá sala de administração, sala de professores e técnicos, vestiários, enfermaria, copa, depósito, academia e sanitários, além de um tatame para artes marciais que será implantado sobre o mezanino”, destaca Grillo. “A praça de esportes é uma necessidade que aquela comunidade precisava. Os moradores daquela região terão um centro esportivo completo para que crianças e adolescentes possam iniciar uma atividade esportiva, com o objetivo de ganhar saúde, lazer e bem estar”, completa Grillo.

Sérgio Silva, diretor de obras da Franco Construção, disse que a construção está a todo vapor e que a previsão de entrega é para o próximo mês de abril. “Estamos dando sequência à execução para a conclusão da obra do ginásio. No momento está sendo feita a parte de drenagem na parte externa e também na parte interna iniciamos a conclusão do piso emborrachado. É um piso de alta qualidade e profissional para a prática esportiva e creio que vai trazer muitos benefícios para a população. Na parte externa na pista de corrida também estamos dando início à execução dos serviços para que a gente possa dentro de um prazo contratual entregar essa obra com satisfação para a população de Apucarana”, disse Sérgio.

Os rufos e as calhas já foram colocados no ginásio poliesportivo, na sequência vem os acabamentos finais com a colocação de iluminação interna e externa, drenagem, esgoto, plantio de grama e pintura. Atualmente a obra conta com 14 funcionários.
Quando o CIE for inaugurado receberá o nome de Juraci Pereira Barbosa, que foi um profissional que se destacou na promoção do esporte do município. Juraci faleceu no dia 9 de abril de 2018.

 

Casos suspeitos de covid afetam serviço de coleta de recicláveis

 

Quinze trabalhadores da Cocap estão afastados, o que afetou tanto o serviço de busca dos materiais quanto o de seleção.


Dos 55 trabalhadores que atuam na Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap, 15 estão afastados do trabalho por suspeita de terem contraído o coronavírus. A redução de pessoal está afetando os serviços de coleta de recicláveis e a direção da cooperativa pede a compreensão da população. A orientação é que as pessoas permaneçam com o material em casa até a situação normalizar.

Conforme Antônio Roberto Nogueira, administrador da Cocap, os trabalhadores que apresentaram sintomas já realizaram os testes, estão em isolamento e aguardam pelo resultado. “A prioridade é a saúde dos cooperados e estamos monitorando a situação. Todos estão orientados a ficar atentos aos sintomas e, em caso de suspeita, a respeitarem o isolamento”, frisa Nogueira.

A redução de pessoal afetou tanto o serviço de busca dos materiais quanto o de seleção que é feito dentro do barracão, localizado na Travessa Palmeiras, na Vila São Francisco. “Dos três caminhões que atuam no recolhimento, apenas dois continuam operando nas ruas e o outro está parado”, afirma Nogueira, estimando que a capacidade operacional da Cocap diminuiu em 50%.

De acordo com ele, com a redução de pessoal, as equipes que estão trabalhando não conseguem dar conta de cumprir os roteiros de recolhimento. “Estamos enfrentando esta situação nestas duas últimas semanas, chegando hoje a termos 15 cooperados afastados”, afirma Nogueira.

O administrador da Cocap solicita que, momentaneamente, as pessoas deixem de colocar o lixo reciclável em frente das casas até a situação normalizar. “A equipe não está dando conta e muitos bairros estão sem o serviço. A situação também atinge o barracão, que está abarrotado de material por falta de pessoal para fazer a seleção”, reitera.

 

Governador lamenta a morte da ex-primeira-dama Yvone Lunardelli Pimentel

 

Ela faleceu na manhã desta sexta-feira (8) por complicações da Covid-19. Dona Yvone é avó do presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, e do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slaviero.



O governador Carlos Massa Ratinho Junior lamenta a morte da ex-primeira-dama Yvone Lunardelli Pimentel, esposa do ex-governador Paulo Pimentel. Ela tinha 88 anos e faleceu na manhã desta sexta-feira (8), por complicações causadas pela Covid-19. Dona Yvone é avó do presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, e do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slaviero.

“Minha solidariedade à família e amigos de dona Yvone, que deixou sua marca na história do Paraná, estando ao lado e sendo uma importante conselheira do marido quando Paulo Pimentel governou o Estado, entre 1966 e 1971. Peço a Deus que conforte o coração de todos a quem ela amava. Também anseio pela melhora do ex-governador Paulo Pimentel”, disse Ratinho Junior.

Natural de São Paulo, dona Yvone foi casada por quase 70 anos com Paulo Pimentel, que também contraiu a doença e está internado. O quadro dele é estável. Ela deixa esposo, três filhas, 11 netos e 17 bisnetos.

 

Morre Yvone Pimentel por complicações da Covid-19; ex-governador segue internado

 

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Yvone Pimentel, 89 anos, esposa do ex-governador e empresário Paulo Pimentel, morreu nesta sexta (8), no Hospital Nossa Senhora das Graças, por complicações da Covid-19. Não haverá velório e o sepultamento está marcado para as 16h30 no Cemitério Iguaçu apenas para familiares. O ex-governador Paulo Pimentel, 92 anos, segue internado na UTI do mesmo hospital lutando contra o coronavírus. 

O chefe da Casa Civil Guto Silva, lamentou a morte de Yvone: "Mais uma perda que lamentamos, o falecimento por Covid-19, da Dona Yvone Pimentel, esposa do nosso ex-governador, Paulo Pimentel que também está lutando contra a doença. Meus sentimentos a família nesse momento! Mãos dadas". O deputado federal Luis Cláudio Romanelli (PMDB) também publicou nota de pesar no Twitter: "Lamento o falecimento a Dona Yvone Pimentel por causa da COVID. Dr. Paulo Pimentel, ex-governador do Paraná, segue na UTI lutando. A família as minhas condolências. Tempos tenebrosos". 

Fonte: Bem Paraná

 

Presidente do TSE, Barroso diz que Bolsonaro contribui para "ilegítima desestabilização das instituições"

 

Ministro rebateu acusações sem provas de Jair Bolsonaro sobre fraude nas eleições. "Governantes democráticos desejam ordem. Por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições"

Ministro Roberto Barroso e pessoa votando (Foto: Rosinei Coutinho/STF | Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, rebateu as declarações sem provas de Jair Bolsonaro sobre fraude nas eleições presidenciais por meio das urnas eletrônicas. 

Em nota publicada na página do TSE, Barroso afirma que a Corte jamais recebeu qualquer evidência ou mesmo indício de fraude. "No Brasil, fraude havia no tempo do voto em cédula, o que está vastamente comprovado nos registros históricos", afirma. 

O ministro diz que se alguma autoridade possuir qualquer elemento sério que coloque em dúvida a integridade e a segurança do processo eleitoral, "tem o dever cívico e moral de apresentá-lo". "Do contrário, estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições", afirma. 

"Por fim, uma importante lição da história é a de que governantes democráticos desejam ordem. Por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições", acrescenta. 

Na sua live semanal nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro voltou a questionar a legitimidade das eleições brasileiras e a defender o voto impresso nas eleições presidenciais de 2022. “Qual o problema disso? Estão com medo? Já acertaram a fraude para 22? Só posso entender isso aí", afirmou. 

Leia na íntegra a nota do presidente do TSE:

1. Os eventos ocorridos nos Estados Unidos no dia 6 de janeiro de 2021 constituíram atos de incivilidade e de ataque às instituições. A alternância no poder é rito vital da democracia e não aceitá-la é vício dos espíritos autoritários, que não respeitam as regras do jogo.

2. Sob o atual processo eletrônico de votação brasileiro foram eleitos os Presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, além de milhares de outros agentes políticos. Jamais houve qualquer razão para supor que os resultados proclamados não corresponderam à vontade popular manifestada nas urnas.

3. Nunca se apresentou perante o Tribunal Superior Eleitoral qualquer evidência ou mesmo indício de fraude. No Brasil, fraude havia no tempo do voto em cédula, o que está vastamente comprovado nos registros históricos. Nesse momento da vida brasileira, não é possível a implantação do voto impresso, por força de decisão do Supremo Tribunal Federal. O Tribunal concluiu que a impressão colocaria em risco o sigilo e a liberdade de voto, além de importar em um custo adicional de quase R$ 2 bilhões, sem qualquer ganho relevante para a segurança da votação.

4. Cabe lembrar que, nos Estados Unidos, existe o voto impresso, o que não impediu o ajuizamento de dezenas de ações para questionar o resultado eleitoral, todas sem êxito. Tudo o que não se precisa no Brasil é a judicialização do processo eleitoral. Aliás, o voto impresso tampouco impediu que, naquele país, grupos extremistas, inconformados com a derrota, vandalizassem a sede do Poder Legislativo.

5. Cabe a este Tribunal esclarecer, uma vez mais, que as urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis e fiscalizáveis pelos partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por outras instituições, antes, durante e após o processo eleitoral. A seguir, breve explicação sobre o funcionamento do sistema.

6. As urnas eletrônicas não operam em rede, isto é, não têm conexão via internet ou bluetooth. Por essa razão, são imunes a ataques hackers. Além disso, os programas para votação, apuração e totalização nelas inseminados são submetidos à conferência dos partidos, do Ministério Público, da Polícia Federal, da OAB e de outras instituições. Em seguida, recebem o que se denomina lacração, procedimento que impede a sua adulteração.

7. No dia das eleições, antes do início da votação, a urna imprime um boletim, chamado de zerésima, que comprova que não há qualquer voto nela. E, ao final da votação, ela emite o boletim de urna, com o nome e o número de votos de cada um dos candidatos. Ou seja: o resultado já sai impresso e é possível conferi-lo com os dados divulgados pelo TSE, após a conclusão da totalização.

8. Cabe acrescentar que mais de uma centena de urnas prontas para a votação são sorteadas em todos os estados para um procedimento de auditoria feito no dia da eleição, perante todos os partidos e aberto ao público. Nele, os representantes de partidos votam em cédulas de papel e esses votos são digitados na urna eletrônica, na presença de auditoria externa, comprovando-se que o resultado da totalização das cédulas de papel coincide com o resultado das urnas eletrônicas. Esse procedimento, que é filmado, demonstra que não houve adulteração, subtração ou acréscimo na votação das urnas eletrônicas, revelando-se verdadeiro teste de integridade.

9. A vida institucional não é um palanque e as pessoas devem ser responsáveis pelo que falam. Se alguma autoridade possuir qualquer elemento sério que coloque em dúvida a integridade e a segurança do processo eleitoral, tem o dever cívico e moral de apresentá-lo. Do contrário, estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições.

10. Por fim, uma importante lição da história é a de que governantes democráticos desejam ordem. Por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições.

Brasília, 7 de janeiro de 2021

LUÍS ROBERTO BARROSO

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral

 

Ratinho Junior afirma que vacinação contra coronavírus começa em janeiro: “O Paraná está pronto”

 

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou que a vacinação no estado deve começar em janeiro em profissionais de saúde

Ratinho Junior (Foto: Agência Estadual de Notícias do Paraná)


247 - O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou, nessa quinta-feira (7), em visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a vacinação no estado deve começar em janeiro em profissionais de saúde e em comunidades indígenas isoladas. 

"O Ministério da Saúde tem anunciado que a partir do dia 20 começa essa campanha de imunização em todo o território nacional", disse o chefe do Executivo estadual. "O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios", complementou.

A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (8).

Após a aprovação, o Paraná receberá parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia.

Há risco de falta de insumos para vacinação contra covid-19 no Brasil, alerta especialista

 

Após o fracasso da compra de seringas e agulhas, o Brasil pode sofrer com a falta de insumos necessários para a vacinação em larga escala contra a covid-19, segundo a análise de Jorge Kalil, professor titular de medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor)

Vacinas são posicionados em hospital de Taipé em preparação para temporada da gripe 01/10/2010 (Foto: REUTERS/Nicky Loh)

Sputnik - O Ministério da Economia anunciou nesta quarta-feira (7) a redução do imposto de importação de agulhas e seringas para uso na vacinação contra a covid-19

A medida visa contornar o pregão eletrônico realizado na semana passada onde o governo brasileiro tentou adquirir 331 milhões de seringas, mas comprou apenas oito milhões.

Segundo Jorge Kalil, a redução dos impostos adotada pelo Ministério da Economia é positiva, mas poderia ter sido feita antes.

"O Brasil deveria ter acordado para a questão já em junho e julho. Deveriam ter comprado já estoques independente de ter a vacina. Agora existe uma sobrecarga de demanda há muito tempo, a indústria brasileira pode, sem dúvida, suprir parte dessa demanda, o resto teremos que buscar no exterior", disse à Sputnik Brasil.

De acordo com o ministério, a alíquota para importação desses produtos era de 16%. A redução a zero vale até junho.

Mesmo com a decisão, Jorge Kalil comentou que o Brasil ainda pode enfrentar dificuldades para comprar os insumos no exterior.

"Não sei se haverá ainda disponibilizado no exterior porque o mundo todo compra. Nós temos que ver o mercado como é que está. [A redução da alíquota] sem dúvida poderá ajudar à importação, mas ela não significa que teremos com certeza os insumos", declarou.

Pela decisão, tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), seringas e agulhas passaram a integrar a lista de produtos com reduções tarifárias temporárias com o objetivo de facilitar o combate à pandemia da covid-19.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira (6) que o Brasil está pronto para começar a vacinação contra a covid-19 em janeiro, e informou que o país tem 60 milhões de seringas e agulhas disponíveis nos estados e municípios.

Para Jorge Kalil, a alta demanda pelos insumos necessários para a vacinação contra covid-19 pode gerar falta de abastecimento durante o processo de imunização.

"Eu não acredito que o mundo todo esteja com todas as suas fábricas em super produção para suprir a demanda por todos os insumos de vacinação. Como é uma pandemia, não é algo esperado, e nós teremos que imunizar oito bilhões de pessoas no mundo, é possível sim, que faltem insumos", alertou.

Segundo o especialista, as empresas não podem moldar a produção dos produtos de acordo com o pico da demanda. Há que se calcular uma média na hora de verificar a quantidade que será fabricada. Porém, neste momento da pandemia essa média está muito abaixo da necessidade por esses insumos.

"Temos que ver o que existe disponível no mundo, e esse estudo já deveria ter sido feito há muito tempo", disse Kalil.

No início da pandemia, a indústria de insumos hospitalares viu a demanda por luvas, máscaras e respiradores disparar. A situação fez com que o Brasil registrasse atrasos nas entregas desses equipamentos.

Para Jorge Kalil, o país corre o risco de observar uma situação similar agora com seringas e agulhas durante o processo de vacinação contra o novo coronavírus.

"Espera-se que as empresas consigam aumentar e muito a produção em termos mundiais. É possível que haja uma corrida para a compra desses insumos, assim como houve para respiradores e outros aparelhos médicos que foram necessários já na primeira fase da pandemia", disse.

As companhias se queixaram que os preços disponibilizados no pregão eletrônico do governo federal estavam abaixo dos praticados normalmente.

"Houve um aumento do custo de produção porque durante esse ano houve a desvalorização do real em relação ao dólar e, como muitos desses insumos são cotados internacionalmente, os preços de produção devem ter aumentado", explicou Jorge Kalil.

Nesta quinta-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o primeiro pedido de uso emergencial de uma vacina no Brasil.

A solicitação feita pelo Instituto Butantan pediu a autorização para uso emergencial para a vacina CoronaVac, fabricada pela farmacêutica Sinovac em parceria com o instituto.

 

Bolsonaro pode ter cometido crime de responsabilidade ao comparar violência nos EUA com eleição de 2022 no Brasil

 

A declaração de Jair Bolsonaro de que o Brasil pode ter em 2022 “um problema pior do que os Estados Unidos”, pode ser enquadrada como crime de responsabilidade, por ofender a lisura do processo eleitoral. Bolsonaro apoiou as acusações de Trump sobre o resultado eleitoral nos EUA e acusou o sistema eleitoral brasileiro de ser vulnerável a fraudes

Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

247 - O advogado Fernando Neisser, membro do Instituto Paulista de Direito Eleitoral (Ipade), considera que as declarações de Bolsonaro ultrapassam a liberdade de expressão na medida em que, pela autoridade do cargo, “arrastam parcelas da população para teorias da conspiração, com efeito grave para a democracia”. Isto é passível de ser enquadrado como crime de responsabilidade.

"O conceito de crime de responsabilidade é mais amplo do que, por exemplo, os que constam no Código Penal, cuja descrição é muito precisa. O objetivo é impedir que o ocupante da cadeira presidencial transborde seus poderes. E quem conduz a eleição é outro Poder, o Judiciário", diz o advogado. 

Passíveis de perda do cargo via processo de impeachment, os crimes de responsabilidade se referem a “atos do presidente da República que atentarem contra a Constituição”. A lista inclui ações que impeçam o “livre exercício” de outros Poderes ou que violem “direitos políticos, individuais e sociais”, destaca reportagem de O Globo.

Para o jurista Pedro Serrano, especialista em Direito Constitucional, a caracterização de crime de responsabilidade não pode se basear em casos pontuais, mas sim num “ato contínuo” que afronte os dispositivos da lei. Ele reitera, no entanto, que o presidente está sujeito a “restrições na liberdade de expressão” pelo cargo ocupado.

General Santos Cruz não crê em golpe militar em 2022, mas acusa Bolsonaro de irresponsabilidade

 

O General Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro e hoje um crítico severo do presidente, diz sua fala sobre a possibilidade de o Brasil repetir os atos de violência contra o Congresso como ocorreu nesta quarta-feira nos Estados Unidos, é irresponsabilidade

General Santos Cruz e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reuters)

247 - O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, não vê risco de apoio das forças armadas e policiais a golpe em 2022 no Brasil, apesar da política de aliciamento de militares pelo titular da Presidência da República.

Segundo o general, os militares "são profissionais, não dão suporte a aventureiros". Santos Cruz pede que disseminadores de fake news e de discurso de ódio sejam punidos desde já para que cenas como as da invasão do Capitólio nos EUA não se repitam no Brasil, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Sobre a fala de Bolsonaro de que no Brasil será pior do que nos EUA, ele diz se tratar de "irresponsabilidade".