O ex-ministro afirma que esta é a hora "das esquerdas": 'têm o desafio de garantir não só a vitória eleitoral, mas a governabilidade sem dependência'
247 - O ex-ministro José Dirceu, em artigo publicado no sábado (4) no Poder 360, afirma que a situação da "direita não bolsonarista" para 2022 é "alarmante".
Ele destaca que tal campo político está carente de líderes, resultado "do fracasso político, econômico e social da aventura bolsonarista sem a base eleitoral, social e ideológica do presidente".
Tendo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como seus principais nomes, a direita mostra seu fracasso, de acordo com o ex-ministro. "Doria [é] candidato a não ser candidato, com um partido em crise, quase paulista, dividido. Ele terá um prazo para tentar viabilizar sua candidatura natimorta".
"Moro, outro que não só foi ministro do governo bolsonarista como conspirou desde a magistratura para eleger Bolsonaro, fez um pacto que terminou em traição, mas impediu a vitória do PT e elegeu Bolsonaro. O ex-juiz suspeito e com suas sentenças nulas tem o agravante de ter sido mais do que bolsonarista. Foi o responsável por sua eleição", completa Dirceu.
Para ele, o momento agora é "das esquerdas", que "têm o desafio de se unir e garantir não só a vitória eleitoral, mas a governabilidade sem a dependência das forças políticas garantidoras de um modelo econômico fracassado que não provê o bem-estar das maiorias que produzem a riqueza nacional".
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