Os últimos grandes aportes em obras de geração, transmissão e distribuição de energia foram feitos durante os governos Lula e Dilma
247 - O Palácio do Planalto editou na tarde desta segunda-feira, 13 de dezembro, Medida Provisória criando linha de crédito público para emprestar R$ 15 bilhões a empresas distribuidoras de energia elétrica. O setor elétrico se ressente de investimentos estruturantes há cinco anos, desde o período de Michel Temer. Os últimos grandes aportes em obras de geração, transmissão e distribuição de energia foram feitos durante os governos Lula e Dilma.
A ex-presidente Dilma Rousseff, em que pese ter manobrado o Orçamento Geral da União para pôr usinas hidrelétricas e eólicas em operação e ter atuado fortemente para desonerar a importação de itens para fabricação e placas fotovoltaicas, foi duramente combatida por empresas e empresários do setor elétrico. Sob a liderança de Jair Bolsonaro e da bancada de parlamentares do Centrão, liderados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, o governo federal conseguiu aprovar uma regra de privatização a toque de caixa para a Eletrobras, empresa pública que gere e organizar toda a geração e transmissão de energia. O Tribunal de Contas da União se reúne na próxima quarta-feira para decidir se permite a privatização da Eletrobras com as regras precárias determinadas pelo Planalto com a concordância do Congresso ou se paralisa todo o processo.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, a MP do empréstimo de R$ 15 bilhões para as empresas do setor elétrico visa a maquiar a desorganização da área no ano eleitoral de 2022. Sem ter conseguido apresentar um plano de gestão e paralisado ante a escassez hídrica verificada em 2021 – atenuada, em parte, pelas fortes chuvas dos últimos 30 dias – o governo Bolsonaro teme um tarifaço nas contas de energia em 2022. Especula-se que sem o auxílio do empréstimo público às empresas privadas que distribuem energia o aumento das contas de luz cheguem a até 21% nos consumidores finais e isso impactaria a inflação e os projetos eleitorais bolsonaristas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário