terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Miriam Leitão perde a paciência com Augusto Aras e prevê tragédia em 2022 se Bolsonaro não for contido

 Jornalista escreveu sobre a agressão a jornalistas por seguranças de Jair Bolsonaro e cobrou ação contra a escalada fascista


247 – A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, protesta nesta terça-feira contra a escalada fascista no Brasil, que foi naturalizada pelas econômicas interessadas no desmonte do estado e na aplicação de um novo choque neoliberal já fracassado, e cobra ações do procurador-geral Augusto Aras. "Não é normal nem aceitável que um brutamontes, ostentando uma arma no coldre, ameace bater em jornalistas porque eles estão tentando entrevistar o presidente da República. Não é normal nem aceitável que uma repórter seja agarrada pelo pescoço por um segurança presidencial, naquele golpe chamado 'mata-leão'. São servidores com salários pagos com os nossos impostos e só estão em torno de Jair Bolsonaro em atos de campanha antecipada porque ele exerce a Presidência. Proteger o presidente não é o mesmo que atacar os jornalistas. E os seguranças têm essa liberdade porque são estimulados pela violência do próprio presidente da República", escreve a colunista.

"Vai começar um ano tenso, em que Bolsonaro vai escalar as agressões, porque ele é assim e porque ele está em desvantagem nas intenções de voto. Já sabemos que usará a encenação de valentia contra repórteres desarmados para animar os seus seguidores mais destemperados", prevê ainda a jornalista. "Uma ação foi proposta ontem ao Supremo Tribunal Federal pela Rede Sustentabilidade para garantir a segurança dos jornalistas, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, imediatamente defendeu o presidente. Disse que não foram explicitados quais atos do presidente são incompatíveis com os preceitos fundamentais. Que mais Augusto Aras quer que aconteça? Em que momento o procurador-geral da República entenderá qual é o seu papel?", questiona.

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