domingo, 19 de dezembro de 2021

João Campos, líder do PSB, diz que Lula tem a força do Nordeste e da esquerda e Alckmin o complementa

 O prefeito de Recife avalia que união entre Lula e Alckmin é chave para o país e que gesto do ex-presidente em apoio a Ciro foi importante

Paulo Câmara, Lula e João Campos (Foto: Ricardo Stuckert)


247 -   O prefeito do Recife, João Campos (PSB), alinhava-se até poucos meses com aqueles que dentro de seu partido eram contrários a uma aproximação com o PT. Hoje, ele é um entusiasta da aliança com o ex-presidente Lula e avalia que uma chapa com Geraldo Alckmin é potente: “Lula tem força no Nordeste e no eleitorado de esquerda. Acho que Alckmin cumpre esse papel complementar, alguém do Sudeste, que dialogue com as forças econômicas e com um campo mais de centro. É preciso certo pragmatismo de compreender que no passado podem ter existido diferenças, mas que essa eleição não é trivial”.

 Para o filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), vítima de acidente aéreo em 2014 durante a campanha presidencial, o país vive “um tempo histórico bem diferente” e “tem que haver um esforço de todo mundo ceder em algo, porque o país não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro”. Ele deu uma significativa entrevista a O Globo, publicada neste domingo (19).

Para Campos, os grandes protagonistas do pleito serão Lula e Jair Bolsonaro como opostos radicais: “Vejo ele e Lula como os principais atores, em termos de tamanho. Ambos são capazes de mobilizar multidões, embora sejam bem diferentes. Um é autoritário, outro é democrata”.

Outro tema da entrevista foi Ciro Gomes (PDT) e, sobretudo, o apoio incondicional que Lula deu a ele depois da ação da Polícia Federal contra ele e o irmão Cid, senador e ex-governador do Ceará, na última quinta-feira (16): “Lula teve um gesto importante após essa operação contra Ciro, que foi conduzida como algo muito exagerado. Um processo de quase dez anos em que ele não havia sido intimado em nenhum momento. O movimento de Lula, de externar respeito por Ciro, é o que precisamos. Eventualmente, podem ser adversários numa eleição, mas não podemos deixar a corda romper”.

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