quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Após PF fazer operação contra Ciro Gomes, Zanin diz que 'hoje é um dia oportuno para falar de lawfare'

 Cristiano Zanin, que defende Lula nos processos da Lava Jato e denunciou o lawfare praticado contra o ex-presidente, usou as redes sociais para criticar, de maneira implícita, a operação da PF contra Ciro Gomes

Cristiano Zanin Martins (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usou as redes sociais para afirmar que “hoje é um dia oportuno para falar sobre lawfare", prática "que pode atingir qualquer pessoa ou empresa a partir de técnicas e táticas sofisticadas que transformam a lei em arma de guerra contra o inimigo, adversário ou concorrente”. Embora não cite nomes, a postagem faz referência implícita à operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (15), que teve como alvos centrais o presidenciável Ciro Gomes  (PDT-CE) e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE).

Em outra postagem, Zanin destaca que o uso do lawfare não visa apenas objetivos políticos e que a prática “é muito mais do que a politização da Justiça; consiste no uso estratégico do Direito para deslegitimar, prejudicar ou aniquilar um inimigo". “Um dos objetivos do lawfare é o de levantar dúvida pública sobre a reputação da pessoa ou da empresa atingida, em regra através de acusações falsas e do excesso de acusações (overcharging)”.

Ainda segundo ele, “a prática do lawfare detona uma crise na vida da pessoa ou no cotidiano da empresa atingidas. A consequência é desviá-las das atividades normais. Enfrentar o fenômeno exige associar a técnica jurídica com outras áreas do conhecimento, tal como fazem os praticantes do fenômeno”.

A sequência de postagens feitas por Zanin em sua conta no Twitter foram feitas pouco após a deflagração da operação da PF para investigar um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propinas a políticos e servidores públicos envolvendo a licitação para a construção do Estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre os anos de 2010 e 2013. De acordo com a PF, Ciro e Comes fariam parte do núcleo político da “organização criminosa”. 

Em nota, Ciro negou as acusações e afirmou que Jair Bolsonaro aparelhou a corporação e “transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”.

Confira as postagens de Cristiano Zanin sobre o assunto. 

 

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