Para a Procuradoria, há indícios de divulgação de notícias falsas na live em que Jair Bolsonaro promoveu no final de julho para atacar o sistema eleitoral
247 - Documento assinado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo indica que Jair Bolsonaro divulgou notícias falsas em live que promoveu no final de julho para atacar o sistema eleitoral brasileiro.
No texto encaminhado ao STF, ela propõe que o caso seja anexado ao inquérito da milícia digital, investigação em andamento na corte com o objetivo de identificar uma organização envolvida com ameaças e ataques virtuais a instituições.
Segundo ela, “há indícios” de que “possa ter havido a divulgação indevida de informações falsas e/ou de baixa confiabilidade, bem como que alguns dos envolvidos na viabilização da live ocorrida no dia 29/7/2021 tinham ciência da imprecisão das informações veiculadas”.
Na ocasião, foram veiculados vídeos divulgados na internet que compartilhavam a mensagem de que é possível fraudar o código-fonte das urnas eletrônicas para computar o voto de um candidato para o outro e também defendeu o voto impresso, que chamou de “auditável”. O TSE nega que esse procedimento seja possível.
Manter o inquérito
A PGR afirmou ainda que é "prematuro" encerrar a investigação contra Jair Bolsonaro por divulgação de informações falsas sobre o sistema eleitoral.
“É prematuro o encerramento das investigações. O trancamento de inquérito criminal antes da conclusão das investigações é medida excepcional, somente admitida quando constatáveis, de plano, a atipicidade da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade ou a flagrante ausência de indícios de autoria e materialidade”, escreveu Lindôra Araújo.
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