Associação dos Servidores da Anvisa qualificou como "abertamente fascista" a ameaça de expor os nomes dos funcionários responsáveis pela aprovação da vacinação de crianças contra Covid
247 - A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) repudiou, em nota divulgada nesta sexta-feira (17), a ameaça feita por Jair Bolsonaro contra os técnicos do órgão em função da aprovação da aplicação de vacinas da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos e qualificou a fala do chefe do Executivo como “abertamente fascista”.
No texto, de acordo com O Globo, a Univisa afirma repudiar “qualquer ameaça proferida contra o corpo técnico da Anvisa, bem como quaisquer tentativas de intervenção sobre o posicionamento da autoridade sanitária que não advenham do debate estritamente científico e democrático”.
Ainda segundo a entidade, a tentativa de intimidação feita por Bolsonaro é “algo extremamente incompatível com o regime democrático e que deveria inspirar a máxima atenção das autoridades competentes” e “mostra-se como ameaça de retaliação[...], método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos”.
A ameaça de Jair Bolsonaro foi feita durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, na quinta-feira (16). Na ocasião, Bolsonaro defendeu a exposição dos nomes dos servidores que aprovaram a vacinação infantil contra a Covid-19.”Eu pedi o nome das pessoas que aprovaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram a vacinação a partir de 5 anos”, disse o ocupante do Palácio do Planalto na live.
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