“A fim de reescrever a história recente, Bolsonaro escala um pazuello para o Arquivo Nacional”, alerta o jornalista Ruy Castro
247 - “Jair Bolsonaro acaba de nomear para a direção-geral do Arquivo Nacional um ex-chefe de segurança do Banco do Brasil, ex-subsecretário de Segurança do Distrito Federal, premiado pela Confederação Brasileira de Tiro e sócio do Clube Colt 45. Com todo esse cartel, o cidadão parece entender de armas. Mas o Arquivo Nacional não é um estande de tiro”, alerta o jornalista Ruy Castro em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.
Ruy aponta que “ele quer transformá-la, moldá-la à feição dos seus esgares, daí os pazuellos que ocupam hoje os órgãos da cultura na área federal. No caso, sua intenção — ou de quem o municia ideologicamente— é usar o Arquivo Nacional para reescrever a história, fazendo com que golpe se transforme em revolução, ditadura em regime forte e tortura em interrogatório”.
“Como não é possível rasurar os documentos, a solução é destruí-los. Para isso, Bolsonaro autorizou as repartições federais a requisitar documentos do Arquivo Nacional e eliminá-los sem qualquer controle. Melhor ainda se forem os que se referem à ditadura militar, perigosamente à disposição dos estudiosos. Parece uma queima de arquivo e, se for, tão grave quanto aquela em que você está pensando”, diz o jornalista.
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