segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Randolfe pede que MPF investigue Bolsonaro por agressões a jornalistas

 O parlamentar pede ainda que proceda ao ajuizamento de ação civil pública por dano moral coletivo e ameaça à liberdade de imprensa

(Foto: Edilson Rodrigues)

Metrópoles - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, protocolou, nesta segunda-feira (1), pedido para que o Ministério Público Federal (MPF) investigue as responsabilidades criminais dos envolvidos nas agressões a jornalistas brasileiros que acompanhavam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no G20, em Roma, no domingo (31).

O parlamentar pede ainda que proceda ao ajuizamento de ação civil pública por dano moral coletivo e ameaça à liberdade de imprensa, com aplicação de multa, bem como à correspondente ação penal, em razão do comportamento de Jair Bolsonaro.


“Não se deve ignorar o fato de que, dada a sua posição, o presidente da República tem um potencial de incentivo muito grande. Isso é, qualquer cidadão que apoie pretensões autoritárias pode se sentir convidado a externalizar, inclusive de modo violento, o seu ímpeto antidemocrático, como já relatado anteriormente. O abominável caso em tela agrava-se pelas condutas dos seguranças subordinados diretamente ao presidente da República que, após as agressões de Jair Bolsonaro, executam a ordem de afastar e agredir fisicamente os jornalistas”, argumenta o senador.

“ Note-se que o constrangimento ilegal, via gravíssima ameaça, foi repetido duas vezes, ao ponto dos jornalistas questionarem o presidente acerca de sua conduta. Considerado o comportamento pregresso do Sr. Jair Bolsonaro, fica patente a intencionalidade em suas palavras”, acrescentou.

Jornalistas brasileiros foram agredidos, nesse domingo, durante passeio de Bolsonaro pelas ruas da capital italiana por seguranças presidenciais e policiais italianos. Bolsonaro também tratou os profissionais com hostilidade. Um repórter da Folha de S.Paulo foi empurrado, a equipe da GloboNews foi agredida e um repórter do UOL, ao tentar gravar o fato, teve o celular tomado. O Metrópoles acompanhou parte das agressões.

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