quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Pilotos e comissários de bordo aprovam greve a partir de segunda-feira

“O pleito é, simplesmente, a recomposição inflacionária dos últimos 24 meses. Haja vista que a categoria aceitou reduções de salários desde o início da pandemia e é boa a situação das empresas nesse momento de retomada", disse o presidente do SNA

(Foto: REUTERS/Nacho Doce)

247 - O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) aprovou, na tarde desta quarta-feira, 24, o início de greve da categoria diante das disputas acerca da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o patronal Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), informa o Valor.

A greve vai começar à 0h do dia 29 de novembro, em todo o país, por tempo indeterminado, segundo sindicato. O SNA argumenta, no entanto, que em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço.

“O setor tem papel central no transporte de insumos para o combate à pandemia – como a própria vacina”, destaca reportagem do Valor.

No dia 17 de novembro, pilotos e comissários rejeitaram a proposta feita pelas companhias aéreas para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

“O pleito é, simplesmente, a recomposição inflacionária dos últimos 24 meses. Haja vista que a categoria aceitou reduções de salários desde o início da pandemia e é boa a situação das empresas nesse momento de retomada. A Azul tem a maior liquidez da sua história, a Gol efetuou a maior desalavancagem desde sua fundação e a Latam atingiu a maior redução de custo em mais de 10 anos", disse Ondino Dutra, presidente do SNA.

Segundo o SNA, a entidade patronal teria adotado postura considerada pela categoria como temerária ao negar a manutenção das cláusulas atuais da CCT. Os aeronautas pediram reajuste considerando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que calcula a inflação, dos últimos 24 meses. 

O Snea, no entanto, justifica que desde o início da pandemia da Covid-19 as empresas aéreas já acumulam um prejuízo bilionário e trabalham na retomada das operações para restabelecer patamares anteriores à crise sanitária.

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