Ex-juiz foi à capital para articular sua candidatura em 2022 e deu de cara com os manifestantes no aeroporto, inclusive representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal em São Paulo
247, por Joaquim de Carvalho - Sergio Moro desembarcou em Brasília na companhia da deputada federal Renata Abreu, do Podemos. Interessante: se Moro se apresenta como cruzado da moralidade, poderia indagar à chefe do seu partido o que a antiga contadora da legenda, Fátima de Jesus Chaves, fez com os mais de R$ 360 mil que teriam sido desviados do Podemos em Santa Cruz do Rio Pardo, como contou o jornalista André Fleury Moraes, do jornal Debate.
Moro também poderia perguntar à sua nova líder a natureza da relação do marido dela, Gabriel Melo, com o empresário Peralta, que assumiu a limpeza pública da cidade. Segundo a imprensa local, o município administrado por Caio Cunha, do Podemos, pagará mais caro pelo recolhimento do lixo do que vinha pagando à antiga prestadora de serviço. O marido de Renata teria levado o Peralta para a cidade.
No saguão do aeroporto, Moro foi chamado de "vendido" e "lixo". Entre os presentes do protesto, estavam representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal em São Paulo. A manifestação foi contra a reforma administrativa, mas ao identificarem Moro o protesto se voltou contra ele.
Segundo a revista Veja, além Renata Abreu, Moro estava acompanhado do marqueteiro de sua futura campanha ao Palácio do Planalto, Fernando Vieira.
“Juiz ladrão, juiz vendido. Você é um lixo”, gritavam pouco antes de ele entrar em um carro que o levaria a reuniões partidárias. O ex-magistrado da Lava-Jato passará a semana em articulações políticas com parlamentares do DEM, PSL e Podemos em busca de alianças a seu projeto de disputar as eleições de 2022.
Moro deve entrar oficialmente no Podemos em uma semana.
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