sábado, 13 de novembro de 2021

Bolsonaristas seguem divulgando fake news sobre vacina contra Covid-19 no Telegram

 Um áudio, verificado pelo Projeto Comprova, foi compartilhado no grupo Médicos Pela Vida e gerou pânico entre os membros, além de reforçar a falsa ideia de que as vacinas são ineficazes

TRF-4 já usou mensagens do Telegram para reforçar condenações

247 - Bolsonaristas publicaram no Telegram um conteúdo falso. É falso o conteúdo, em formato de áudio, no qual há afirmações de que vacinas contra a Covid-19 conseguiram gerar nos imunizados doenças autoimunes e câncer. O conteúdo foi atribuído ao médico Nelson Modesto, especialista em clínica médica, que atua com imunoterapia ativada e imuno-oncologia.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o áudio, verificado pelo Projeto Comprova, foi compartilhado no grupo Médicos Pela Vida e gerou pânico entre os membros, além de reforçar a falsa ideia de que as vacinas são ineficazes. 

Em um dos comentários, um homem afirmou que o "China vírus veio de lá, tudo por dinheiro". Uma mulher disse que "nenhum cientista encontrou o vírus isolado", o que é mentira.

Sem provas, o médico afirmou que o insumo chinês contém Nagalase —enzima chamada de proteína de ligação à vitamina D—, óxido de grafeno e nanopartículas de grafeno. Segundo ele disse erroneamente, essas substâncias causam as doenças já citadas. Esses componentes não integram a lista de substâncias presentes nos imunizantes desenvolvidos pela Pfizer, Coronavac e Astrazeneca.

"Eu fiz o estudo que prova que as pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão na realidade se contaminando com uma nova variação do vírus, bem como também podem desenvolver câncer e doenças autoimunes, meu estudo foi elaborado em torno do Bdort, o insumo chinês contém substâncias que causam todos esses problemas que eu descobri", disse Modesto. 

Questionado sobre como o suposto estudo foi desenvolvido e a veracidade deste, o médico informou que a pesquisa não está completa. "Ainda não tenho este estudo escrito para publicação, estou fazendo o levantamento de participantes, já avaliei e tratei cerca de 75 pessoas que estavam contaminadas com a vacina. Para ter um bom resultado quero chegar em cem participantes no meu estudo. A pesquisa está em Powerpoint. Não vou publicar meu trabalho no Brasil, irei publicar a pesquisa no Canadá", disse Modesto.

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