"O fato não existiu?", questiona a coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga)
247 - A decisão da CPI da Covid de retirar do relatório final o pedido de indiciamento de Jair Bolsonaro pelo crime de genocídio indígena foi contestada nesta quarta-feira (20) pelo Twitter pela coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), Sonia Guajajara.
"Como assim decidiu retirar o “genocidio indígena“? A ação é praticada mas simplesmente se pode decidir que não é [genocídio] e pronto, o fato não existiu?", escreveu.
Também pelo Twitter, o líder indígena do Povo Kanela do Araguaia, Bruno Kanela, voltou sua indignação contra o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), principal responsável pelo recuo da comissão. "A decisão do senador Omar Aziz de retirar as palavras "genócidio indígena" da CPI da Covid deixa clara a permissividade ao genocídio no Brasil, não só na história desta pandemia, mas fora dela também".
Advogada e defensora dos direitos indígenas e quilombolas, Juliana de Paula Batista declarou: "Senador Omar Aziz anunciou que a parte sobre genocídio indígena será retirado do relatório da CPI por 'inconsistência'. Mais uma vez as mortes indígenas não são devidamente consideradas pelos Poderes da República".
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