Brasileiros já estão com 59,9% de sua renda comprometida com dívidas do passado e têm cada vez menor capacidade de consumo, o que piora com a inflação
Carteira de trabalho, Bolsonaro com Paulo Guedes e fila por emprego (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Publicas | Reuters)
247 – Pressionados pelo alto custo de vida e pelas dívidas do passado, os brasileiros têm cada vez menos renda disponível para consumir – o que compromete o crescimento. "O endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, com o valor total das dívidas chegando a 59,9% da renda média anual, segundo dados mais recentes do Banco Central. O resultado de junho é o maior patamar desde o início da série histórica do BC, em 2005", informa reportagem de Carolina Nalin, Julia Noia e Pollyanna Brêtas no Globo.
"Com a inflação em alta e a perspectiva de um aperto maior de juros, analistas alertam que o orçamento comprimido das famílias com dívidas será um limitador adicional ao crescimento da economia nos próximos meses", apontam. "Mesmo sem considerar os financiamentos imobiliários — um crédito mais “saudável” por ser de longo prazo e representar um investimento das famílias — o endividamento é recorde: 37%. Até julho do ano passado, este patamar nunca tinha superado 30%."
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