Segundo Bruna Morato, o interesse do Ministério da Economia era que o país não parasse durante a pandemia de Covid-19. Para isto, a hidroxicloroquina deveria ser usada como "esperança" para que as pessoas não deixassem de saír às ruas
247 - Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato, que representa ex-médicos da Prevent Senior, afirmou que a empresa fez um "pacto" com o chamado "gabinete paralelo" do Ministério da Saúde que, por sua vez, "estava totalmente alinhado aos interesses do Ministério da Economia".
De acordo com Bruna, seus clientes a explicaram que "existe um interesse do Ministério da Economia para que o país não pare. E se nós entrássemos nesse sistema de lockdown, nós teríamos um abalo econômico muito grande. Então existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo".
Ela seguiu: "eles desenvolveram uma estratégia. Qual era essa estratégia? Através do aconselhamento de médicos, e esses médicos eram o doutor Anthony Wong, toxicologista, a doutora Nise Yamaguchi, especialista em imunologia, e o virologista Paolo Zanotto. A Prevent Senior iria entrar para colaborar com essas pessoas, como se fosse uma troca, a qual nós chamamos na denúncia de 'pacto', porque assim foi me dito".
Diante do relato, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), pediu pelas redes sociais a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, à CPI da Covid.
A advogada, no entanto, disse que em nenhum momento ouviu falar "da pessoa do ministro da Economia" no chamado "pacto". "Na verdade o que eles falavam era em um alinhamento ideológico. A economia não podia parar e o que eles tinham que fazer era isso, conceder esperança para que as pessoas saíssem às ruas, e essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina".
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