quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Precisa, peça chave do esquema no Ministério da Saúde, pagava salários em dinheiro vivo e tinha grande circulação de malas

 Ex-empregados de Francisco Maximiano, da Precisa, relatam que salários eram pagos com dinheiro vivo, havia grande circulação de malas, o galpão estava sempre vazio e havia tempo ocioso para "ficar assistindo Netflix" no trabalho

Francisco Maximiano na CPI da Covid no Senado (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Sob condição de anonimato, ex-funcionários da Precisa, que está no alvo das investigações da CPI da Covid sobre a negociação para a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro, informaram à Folha de S.Paulo que a empresa tinha uma rotina incomum no mercado empresarial.

Os salários eram pagos com dinheiro vivo, havia grande circulação de malas, o galpão estava sempre vazio e havia tempo ocioso para "ficar assistindo Netflix" no trabalho. Os trabalhadores também afirmam não ter visto nenhum produto médico ou remédio no tempo em que atuaram nos escritórios das companhias. Eles dizem que as situações atípicas deixavam o ambiente pesado, pelo temor de estarem atuando em firmas de fachada dedicadas à lavagem de dinheiro, informa a reportagem.

Os ex-funcionários ouvidos pela reportagem dizem que pelo menos quatro empresas ligadas ao empresário  Francisco Maximiano ocupavam o último andar de um prédio comercial na área nobre comercial da cidade de Barueri, na Grande São Paulo: a Precisa Medicamentos, a Global Gestão em Saúde, a BSF Saúde e a Saudebank. 

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