Ex-ministro da Fazenda dos governos do PT afirmou, em entrevista à TV 247, que, após a destruição causada pela Operação Lava Jato, a Petrobrás investe, hoje, apenas um terço do que investia na época do governo Dilma. Para ele, o impeachment da ex-presidenta representou o momento em que o Brasil passou a “afundar” economicamente. “Era algo inimaginável do meu ponto de vista”. Assista
247 - O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou, em entrevista à TV 247 na noite deste sábado (4), que a Petrobrás, que impulsionava o crescimento econômico durante os governos do PT, foi “praticamente paralisada” pela Operação Lava Jato. A robustez do setor de gás e petróleo, contou Mantega, gerava grande confiança dos investidores no início da década passada.
No entanto, após 2015, “os empresários todos ficaram com medo, sem saber o que aconteceria nessa economia”, lembrou. Seus receios não estavam equivocados: “hoje, a Petrobras investe um terço do que investia, e ela era a maior investidora da economia brasileira”.
Mantega avaliou que a Lava Jato representou a ofensiva mais “aguda” contra o Partido dos Trabalhadores. “Um partido de esquerda conseguir ganhar as eleições no Brasil, e fazê-lo honestamente, mesmo com tentativas de desequilibrar o governo, foi demais. A Lava Jato começa o processo que vai passar pelo impeachment da Dilma em 2016, e depois a prisão do Lula, que permite que em 2018 o setor mais conservador ganhasse as eleições”, disse.
Mesmo antes do impeachment, a economia brasileira já vinha em tendência de encolhimento. A renda per capita, mostrou Mantega, cresceu até 2015. Daí por diante, ela “afunda”. “O Brasil está andando para trás desde as gestões Temer e Bolsonaro. Era algo inimaginável do meu ponto de vista”, completou.
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