sábado, 4 de setembro de 2021

Organizadores das caravanas bolsonaristas garantem que elas têm proteção policial

 Em áudio, a coordenadora de uma caravana bolsonarista afirmou que policiais "conhecidos" devem estar armados para proteger apoiadores de Jair Bolsonaro durante uma viagem para Avenida Paulista, em São Paulo

(Foto: José Cruz/Agência Brasil | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

247 - Em áudio a interessados em pagar R$ 230 para um bate-volta saindo do Espírito Santo, a coordenadora de uma caravana bolsonarista afirmou que policiais "conhecidos" vão acompanhar apoiadores de Jair Bolsonaro até a Avenida Paulista (SP) e estarão armados para proteger os manifestantes durante a viagem. A informação foi publicada pela Coluna do Estadão

Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sérgio de Lima disse que policiais não podem usar armas para atuar em serviços de segurança privada e não podem participar de atos políticos como militares da ativa.

De acordo com ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dependendo do que acontecer e o tom adotado por ele nos discursos da próxima terça-feira (7), a Justiça Eleitoral pode negar a candidatura de Bolsonaro no próximo ano, se for configurado algum crime

Bolsonaro tem feito ameaças à democracia, ao atacar ministros do Supremo Tribunal Federal e as urnas eletrônicas, uma forma de passar a mensagem de que as instituições não o deixam governar. Nessa sexta-feira (3), ele fez outra ameaça ao Judiciário, ao dizer que os atos golpistas serão um ultimato para "um ou dois" ministros do Supremo. 

Os principais alvos de Bolsonaro são os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, autores de decisões recentes que desagradaram ao Palácio do Planalto, como a prisão de bolsonaristas.

No dia 6 de agosto, Bolsonaro chamou Barroso de "filho da puta" e, no dia 9 de julho, disse que o magistrado é "imbecil" e "idiota"

Um dia antes, Bolsonaro ameaçou Moraes, ao dizer que "a hora dele vai chegar". O motivo foi a decisão do ministro pela inclusão de Bolsonaro no inquérito fake news por causa dos ataques sem provas à confiabilidade das urnas eletrônicas. 

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