quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Motoboy se recusa a entregar celular à CPI e Alessandro Vieira pede quebra de sigilo

 Após o motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, funcionário da transportadora VTC Log, se recusar a entregar o celular à CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a quebra dos sigilos dele, bem como a apreensão do aparelho

Motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva e o senador Alessandro Vieira (Foto: Agência Senado)


247 - O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, funcionário da transportadora VTC Log, se recusou a entregar o celular à CPI da Covid, nesta quarta-feira (1), e, por consequência, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a quebra dos sigilos dele. O parlamentar destacou que, após o pedido feito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, Ivanildo não quis entregar o aparelho à CPI.

"Peço que o senhor reconsidere essa situação na condição de quem não tem nada a esconder. Quem tem coisa para esconder é a empresa. Se o que você disse aconteceu, vai estar lá o celular", disse. "Peço que sejam pautados os pedidos de busca e apreensão do celular, e quebras de sigilos do senhor Ivanildo", acrescentou.

O motoboy informou à CPI que pagava boletos para a empresa, fazia saques e entregava faturas no Ministério da Saúde. Ele chegou a sacar "R$ 400 e poucos mil" na "boca do caixa" a pedido da empresa. 

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) cruzou as datas de saques feitos pelo motoboy e destacou que a movimentação começou quando o governo Jair Bolsonaro deixou de fazer serviço simples de armazenamento de medicamentos e terceirizou para VTCLog

Registros em posse de senadores da comissão mostraram que Ivanildo chegou a sacar R$ 4,74 milhões em espécie da conta da VTC Log. De acordo com os documentos, ele esteve no Departamento de Logística da pasta da Saúde em 12 de julho de 2020, quando a área era comandada por Roberto Ferreira Dias.

O ex-diretor do Ministério da Saúde foi apontado pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati, como autor de pedidos de propina para a distribuição de vacinas. 

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