domingo, 19 de setembro de 2021

Miriam Leitão pede impeachment de Bolsonaro e diz que crimes de responsabilidade não podem ser banalizados

 Jornalista fez campanha pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que banalizou o impeachment no Brasil

(Foto: ABr | Reprodução)

247 – A colunista Miriam Leitão, que fez campanha pelo golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com a farsa das pedaladas fiscais, hoje pede, em sua coluna, o impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade, e diz, com razão, que o crime não pode ser banalizado no Brasil. "Discordo radicalmente da afirmação de que iniciar um processo para o afastamento do Presidente Bolsonaro seria banalização do impeachment. O verdadeiro risco que o país corre é o de banalizar o crime. A começar pelo crime de responsabilidade. O presidente os comete em série. Se o impeachment não for o propósito neste momento estarão sendo revogados o artigo 85 da Constituição, a Lei 1079, artigos do código penal e todo o arcabouço institucional e civilizatório em torno do qual o Brasil refez o seu pacto social após a ditadura militar", escreve Miriam.

"Há muitos grupos políticos fazendo cálculos do que poderá ganhar ou perder num eventual afastamento do presidente. Não conseguem ver que há algo mais valioso em perigo. Se um presidente como Bolsonaro sair impune, mesmo diante de tudo o que ele fez, faz e continuará fazendo, o país estará correndo o risco de se fixar esse patamar de degradação da função da Presidência da República", finaliza.

Ao propor o impeachment de Bolsonaro hoje, a colunista tem razão, mas o problema é que ela não faz nenhuma crítica ao golpe de estado contra Dilma, processo do qual participou, que desmoralizou o impeachment no Brasil e abriu espaço para a ascensão do fascismo criminoso no Brasil.

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