"A ampla maioria dos brasileiros quer a floresta de pé. Não podemos confundir Bolsonaro com o Brasil, nem alguns marginais, grileiros, uma parcela minoritária e atrasada de proprietários rurais com os brasileiros", afirmou o ex-presidente Lula após Jair Bolsonaro sinalizar a abertura da Amazônia para estrangeiros em discurso feito na Assembleia-Geral da ONU
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o discurso feito por Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), que aproveitou a oportunidade para manifestar sua posição favorável à abertura da Amazônia para estrangeiros e chegou a dizer que o código florestal brasileiro "deve servir de exemplo para outros países". A entrevista foi concedida ao blog do Sakamoto.
"Eu não preciso convencer os brasileiros disso porque é isso que os brasileiros já pensam", disse Lula. "A ampla maioria dos brasileiros quer a floresta de pé. Não podemos confundir Bolsonaro com o Brasil, nem alguns marginais, grileiros, uma parcela minoritária e atrasada de proprietários rurais com os brasileiros", afirmou.
O petista também alertou para os prejuízos do golpe de 2016 contra a então presidente Dilma Rousseff. Lula destacou que, após o afastamento sem crime de responsabilidade dela, "estabeleceram uma série de medidas absurdas para desmontar o Estado, as leis trabalhistas e ambientais, a educação e saúde pública no Brasil".
"No topo delas está essa definição que o Estado teria seus gastos congelados por 20 anos, não importa o que acontecesse. Lógico que isso não se sustenta, inclusive já não vale mais na prática, porque foi necessário aprovar gastos especiais diante da pandemia de covid-19. Não é possível congelar a vida de um país por 20 anos", disse.
Ao comentar a relação do PT com a base, o ex-presidente disse que uma geração mais nova "conheceu o Brasil com o PT". "Não sabiam como era antes. E hoje eles estão vendo um Brasil mais parecido com o que existia antes do meu governo. Esses jovens estão entendendo melhor agora a luta da minha geração, do PT, por democracia, direitos dos trabalhadores e contra a extrema pobreza e as desigualdades sociais".
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