O ex-ministro defendeu a “luta” contra as ameaças violentas de Jair Bolsonaro. Para ele, a estratégia do chefe de governo é a mesma da ditadura militar e da direita liberal: atribuir ao PT uma falsa ameaça contra a família e à religião. “Eles querem impor uma visão de família, e o próprio presidente que quer impor é um péssimo exemplo”. Assista na TV 247
247 - O ex-ministro José Dirceu, em entrevista transmitida pela TV 247, defendeu que a esquerda brasileira não se intimide diante das ameaças violentas de Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Para ele, o chefe de governo constrói o medo, assim como a ditadura militar no passado, para derrotar as aspirações populares.
A ideia de que o Partido dos Trabalhadores representa uma ameaça aos trabalhadores, aliada ao crescente armamentismo da sociedade brasileira, exige uma forte resistência, afirmou Dirceu. “O medo é uma arma poderosa, usada no Brasil pela ditadura militar e também pela direita liberal contra o Lula. O medo de perder a casa, de ter seu apartamento invadido, de perder a liberdade, do comunismo. Eram mentiras construídas. E até hoje. A arma mais poderosa do Bolsonaro é impor o medo na sociedade, com as suas milícias, com o armamentismo e com a violência e com o ódio. Nós temos que derrotar sempre o medo pela luta, e mostramos isso no dia 7 de setembro. Agora, é bom que o medo pessoal exista. Talvez você se transforme num irresponsável e aventureiro, se deixar se levar pelo impulso e pela vontade. Passei por essas situações na vida, evidentemente, como milhões de brasileiros. Não é só a situação que você passa quando você enfrenta uma ditadura e você pega em armas e vive na clandestinidade. É a insegurança de ver seus filhos passando fome, de migrar num caminhão, do desemprego, de não poder dar educação para seus filhos e de perder a liberdade”, disse.
Outra mentira amplamente difundida pelas forças de direita é de que o PT seria contra a religião. Dirceu lembrou que, desde a sua origem, a sigla tem uma ligação estreita com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), pastorais e outras diversas comunidades religiosas. “Quando eu cheguei no PT, se rezava antes das reuniões. É uma mentira que querem vender para a sociedade que o PT é um partido ateu e que não respeita as religiões e as igrejas, da mesma forma que é uma mentira que o PT é contra a família. Ninguém fez mais pelas famílias que os nossos governos, pelo crescimento do emprego, do salário, da previdência, pelo Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, pelos direitos da mulher, pela defesa da empregada doméstica. Não fizemos mais do que a obrigação pela família brasileira. A nossa nação é cristã, é uma realidade, e a família é uma das coisas mais importantes. O problema é que eles querem impor uma visão de família, e o próprio presidente que quer impor é um péssimo exemplo. Tem muita hipocrisia nisso”, criticou.
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