sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Gabinete do ódio realizou ação coordenada nas redes sociais para atacar opositores do governo

 Mensagens em poder da CPI da Covid indicam que blogueiros ligados ao governo usavam grupos de Whatsapp para coordenar ataques nas redes sociais contra adversários políticos de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, principal membro do "gabinete do ódio" (Foto: Reprodução)

247 - Mensagens em poder da CPI da Covid indicam que blogueiros ligados ao governo usavam grupos de Whatsapp para coordenar ataques nas redes sociais contra adversários políticos de Jair Bolsonaro. 

A ação foi realizada contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e até contra a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), uma ex-aliada de Bolsonaro que se tornou inimiga por ter denunciado um  esquema que envolveria também a divulgação de notícias falsas e o uso de robôs. 

Em uma conversa num grupo do aplicativo, em abril de 2020, o youtuber bolsonarista Bernardo Küster afirma: “Recebi ordens do GDO para levantar forte a tag #DoriaPiorQueLula. Bora lá no Twitter”, escreveu, sendo apoiado por outros integrantes do chat. Cinco meses antes, durante os trabalhos da CPMI das Fake News, Küster tentou vazar informações que, avaliou, prejudicariam Joice, ex-aliada de Bolsonaro. O termo “GDO”, segundo senadores que estão analisando as mensagens, seria uma referência a “Gabinete do Ódio”, forma como o grupo de apoiadores com atuação nas redes — que incluiria também auxiliares com cargos no Palácio do Planalto — ficou conhecido. Relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) avalia incluir as informações contidas no material em seu parecer final.

Leia a íntegra da reportagem no Globo

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