“Se não contasse, a noite não ia acabar bem”, completou Bolsonaro em cerimônia no Planalto. “Não precisamos regular isso aí. Deixemos o povo à vontade”
247 - Em cerimônia de entrega de prêmio voltado a ‘personalidades’ da comunicação no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira (14), Jair Bolsonaro afirmou que não é necessário tentar impedir a circulação de notícias falsas, uma vez que elas “fazem parte da nossa vida” e “morrem por si só”.
“Fake news faz parte da nossa vida. Quem nunca contou uma mentirinha para a namorada? Se não contasse, a noite não ia acabar bem”, disse, aos risos. “Eu nunca menti para Michelle”, completou em seguida, em um comentário machista.
“Hoje em dia o fake news morre por si só. Duvido [que exista alguém] que apanha mais do que eu. Eu nunca recorri ao judiciário para tentar reparar isso”, disse ainda Bolsonaro durante seu discurso.
A seguir, ele comparou fake news com um apelido e defendeu que não é necessário “regular”, mas sim “deixar o povo à vontade”. “Eu entendo também que o ‘fake news’ é quase como um apelido. Se botar um apelido agora no Queiroga e ele ficar chateado, vai pegar o apelido. Cai por si só. Não precisamos regular isso aí. Deixemos o povo à vontade.”
Na semana passada, Bolsonaro assinou uma Medida Provisória que protege quem propaga fake news. Alvo de diversas críticas, o projeto não deve ser aceito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RO).
Assista ao trecho da fala:
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